7.6.14

Antevisão Mundial #7: Irão

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Sistema táctico
4-2-3-1

Orientações defensivas
Se tivesse de eleger uma equipa com maior aversão ao risco na definição do seu modelo de jogo, dentro de todas as selecções que vão estar presentes no Mundial, escolheria o Irão. Sem bola, a equipa baixa muito as suas linhas, não se expondo na profundidade, e tentando fazer uma boa ocupação dos espaços, sempre muito com recurso à densidade de jogadores. Ainda assim, são identificáveis algumas dificuldades no ajustamento posicional, especialmente quando as jogadas ganham mais velocidade, causando incerteza no posicionamento de alguns jogadores, com destaque para os que têm menor vocação defensiva, como é o caso dos extremos.

Orientações ofensivas
Dentro do perfil de risco mínimo do modelo de Queiroz, o Irão facilmente recorre ao jogo directo para a construção das suas jogadas, o que lhe retira potencial ofensivo, obviamente, mas que lhe reduz também o risco de exposição a partir de erros cometidos na fase de construção. Parece haver alguma capacidade técnica em determinados jogadores, em quem certamente apostará tudo para conseguir chegar a jogadas de maior potencial ofensivo. Nos jogos que observei, destacaria Shojaei, Dejagah e Ghoochannejhad, sendo que estes dois últimos são as grandes referências para o momento de transição (que, note-se, também não é fácil de explorar devido ao facto da equipa recuperar a bola invariavelmente em zonas muito recuadas). Em suma, Queiroz escolheu uma abordagem muito conservadora, mas que no fundo até acaba por ir ao encontro daquilo que seria o destino quase fatal da equipa nesta competição, onde certamente passará bem mais tempo sem bola do que com ela.

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