21.3.12

Rivalidade

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Estranheza. É sobretudo esse o meu sentimento ao ver este jogo. Não posso estar seguro de que não tenha a ver com o meu próprio condicionamento prévio, da ideia que já tinha de que a partida não seria abordado com a habitual intensidade emocional pelas duas equipas. Ainda assim, é a minha sensação ao ver 3 golos em tão pouco tempo e uma primeira parte tão oscilante e pouco consistente de ambas as partes. Venceu o Benfica, e talvez lhe fique melhor porque foi, de facto, quem mais oportunidades criou, sobretudo na recta final da primeira parte.

Interessante é a discussão sobre a importância que ambos deram, ou não, a este jogo e a esta competição. Há uma desvalorização deliberada e que não é de agora ou deste jogo, e que surge sobretudo do lado portista. Já escrevi sobre isso, mas parece-me um pouco como um comerciante fazer publicidade contra os seus próprios produtos. Enfim, não é novo que o futebol português se permite a estas e outras excentricidades, pelo que também não se pode estranhar muito. Seja como for, o facto é que não é preciso o discurso de seja quem for para que a competição seja, de facto, desvalorizada na prioridade dos treinadores. Todos o sabem, ninguém vai evocar a Taça da Liga como atenuante para a perda do campeonato e é essa prova que, no fim, definirá o último sorriso e, muito provavelmente, a manutenção de algumas cadeiras. Apesar disto, e porque a rivalidade é isso mesmo, ninguém queria perder, sendo esse o estimulo (a rivalidade) que terá evitado uma opção por uma quase plenitude de segundas linhas. Porque, e em face do que escrevi acima sobre a importância das competições, esse seria o cenário mais provável caso o sorteio não tivesse ditado estas sortes.

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