17.3.12

Expectativas

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Não houve surpresas, mas não se pode dizer que tenha sido uma mera formalidade. Pelo menos, para o Porto, que teve um jogo de grande incerteza e muito pouco controlo. Mais um sinal de que o momento não faz antever um grande conforto na recta final, ao contrário do que aconteceu em boa parte da prova. Cumpre-se este fim de semana a 10ª jornada em 2012 e, mesmo descontando o jogo entre ambos, foram mais as jornadas em que pelo menos 1 dos dois perdeu pontos do que aquelas em que, como nesta semana, ambos conseguiram vencer. Veremos o que acontece à medida que a pressão aumenta...

Nem 20 dias passados, jogar-se-á outro Benfica-Porto. O lado mais interessante deste segundo jogo, pelo menos para mim, tem a ver com a diferença de contexto para o primeiro. Ou seja, no jogo para o campeonato, os 90 minutos eram encarados quase que como uma final do campeonato. E o campeonato, quer para um lado, quer para o outro, pode significar muito mais do que uma mera organização das festas de Maio. Pode ter implicações nas carreiras de muitos dos protagonistas, sobretudo dos treinadores. Agora, por outro lado, Benfica e Porto trocariam um resultado na meia final da Taça da Liga por 2 pontos ganhos em mais uma importante jornada (ambos jogam fora) que terá lugar alguns dias depois do reencontro na Luz. É claro que quando a bola começar a rolar, e estando vermelho e azul frente a frente, muito de tudo isto passa para segundo plano. Muito, mas não tudo...

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Já havia comentado sobre a importância do sorteio para as aspirações do Benfica no sonho da Champions. E a sorte não quis muito com o Benfica. Deixa espreitar para a meia final, mas por essa curta brecha mostra o Barcelona. As probabilidades de vitória do Benfica na prova são nesta altura estimadas em 1,5%. Pode parecer pouco, mas quantas vezes, desde que a Champions permite mais do que um clube por país, é que um clube português atingiu as meias finais?

Na Liga Europa, o Sporting teve melhor sorte (não que sejam comparáveis as hipóteses de um "bom sorteio"). O Metalist mantém o mesmo problema de 2008, quando calhou em sorte ao Benfica. É sempre subestimado. Trata-se da 3ª potência do futebol ucraniano, onde perde sobretudo por não ter tanta capacidade no mercado interno, e por isso não chega à Champions, onde entram equipas com bem menos qualidade. Mas na Liga Europa, está farto de surpreender quem deles duvida, inclusivamente o próprio Benfica nessa experiência de 2008. Entre os sul americanos, que conheço quase todos bem, destaco os argentinos Sebastian Blanco e Cristaldo, que aprecio bastante e gostaria de ter visto no futebol português. Há um outro pormenor a ter em conta no Metalist, é que ao contrário do que pode sugerir a proveniência longínqua, esta equipa tem um registo europeu estranhamente positivo nos jogos fora. E não é deste ano. Os espanhóis lideram o ranking das expectativas (eu acredito que a mentalidade do Bilbao pode fazer deles o principal candidato, nesta altura). Ao Sporting, é creditada uma probabilidade de 8% de erguer a Taça. É pouco, mas para o Sporting as baixas expectativas também não têm sido um problema...

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