4.7.11

Reforços 2011/12: Stijn Schaars (Sporting) (Parte I)

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Perfil evolutivo - O seu trajecto é bastante monótono, conhecendo apenas 2 clubes ao longo da carreira profissional, e um deles (Vitesse) apenas nos primeiros anos de carreira. Em termos de estatuto e reconhecimento, teve também um trajecto sem grandes sobressaltos, sendo uma promessa das selecções jovens e mantendo um estatuto de elegível para a principal equipa nacional holandesa, ainda que nunca conseguindo verdadeiramente um lugar entre as principais figuras. Um dado importante no seu trajecto, é a fiabilidade, jogando quase sempre muitos jogos e minutos durante a temporada.


Perfil táctico/técnico - Para ser claro, e apesar de ser um médio, Schaars tem um perfil bastante especifico. Começando pela parte em que é mais forte, trata-se de um jogador muito dedicado à primeira fase de construção, garantindo à equipa presença e grande qualidade e passe e critério. Vê-lo errar um passe em posse, pode não ser tarefa fácil. Mantendo-me no campo ofensivo, a sua utilidade perde relevância à medida que o jogo avança no campo. Schaars, prefere manter-se como apoio recuado, arriscando muito pouco a aproximação à área contrária. Nos lances bola parada, é um protagonista óbvio, mas, apesar da boa capacidade de execução do seu pé esquerdo, a produtividade objectiva não merece grande destaque.
Sem bola, talvez venha o grande problema de Schaars, dada a posição em que actua. Tal como com bola, mantém-se sempre concentrado nos equilíbrios colectivos, mas, apesar da sua atenção aos aspectos posicionais, revela grandes dificuldades no que respeita à agressividade/reactividade no espaço, o que lhe limita muito a produtividade em termos defensivos. Raramente se vê Schaars a pressionar em linhas mais avançadas, ou a ganhar um duelo aéreo, por exemplo.

Futuro no Sporting - Dando como certas as dispensas de Maniche e Pedro Mendes, Schaars fica sem grande concorrência ao nível da resposta em posse. Juntando esse dado à aposta que declaradamente parece ser feita no jogador, dificilmente não fará parte das opções iniciais de Domingos, no arranque de época. Se assim for, poderá ser bom, quer para ele, quer para a equipa, já que permite uma evolução em especificidade. De todo modo, as lacunas identificadas em Schaars deverão observar-se também de leão ao peito (é possível, mas pouco provável que tivesse a ver com a natureza do jogo do AZ), tendo o médio de se adaptar a uma forma mais pressionante de jogar e que lhe deverá exigir muito maior amplitude de acção. Isso, e algumas diferenças em relação a referências de marcação (a referência homem tinha um peso maior no AZ do que terá no Sporting). Apesar de antecipar dificuldades na resposta do jogador em algumas dificuldades, também me parece que tem inteligência e cultura suficientes para pelo menos atenuar o problema. Finalmente, dizer que Schaars deverá contar com um ambiente favorável, o que é importante na afirmação percepcionada de jogadores que, como é o caso, não têm uma relação estreita com o golo. É que, como não têm métricas facilmente percepcionáveis (golos, assistências e intervenções decisivas), a reputação deste tipo de jogadores fica muitas vezes dependente da mera ideia que previamente é estabelecida.

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