30.3.11

Selecção: notas colectivas da preparação

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Deixo alguns comentários sobre as indicações colectivas deixadas por Portugal neste duplo confronto. São ideias que confirmam a filosofia do próprio Paulo Bento e que já haviam sido vistas nos jogos anteriores. Foram 2 jogos diferentes da Selecção. O Chile é muito melhor equipa que e a Finlândia e daí as dificuldades maiores nesse primeiro jogo. De destacar, porém, que em ambos os casos foram bem potenciados os erros dos adversários, sendo que, quer num caso, quer noutro o aproveitamento desse tipo de situações (em ataque rápido) não foi tão bom como pode e deve ser. Deixo, para já os dados do jogo com o Chile, reservando os do jogo com a Finlândia para quando fizer uma apreciação às exibições individuais nestes 2 jogos.

Ataque posicional: o ponto fraco
Nunca foi a “arte” de Paulo Bento, e não o é de novo na Selecção. Sobretudo em termos de construção, a equipa não há grandes elogios a fazer do ponto de vista da movimentação e trabalho de posse. A prioridade, porém, está bem definida. É fundamental não cometer erros comprometedores. Nem que, para isso, seja preciso um recurso mais directo para dar inicio às jogadas.

Pressing: o grande pilar
Não é novidade e viu-se logo nos primeiros minutos da “era Bento”. O “pressing” e a busca do erro é o grande enfoque colectivo. Quer em situação de organização, quer em situação de transição, a equipa procura rapidamente organizar-se de forma agressiva perante a zona da bola e retirar tempo e espaço de decisão. Com elementos fortes no 1x1 como Nani e Ronaldo, recuperar alto pode ser absolutamente “mortal”, e é muito por esta capacidade de pressionar que Portugal será um dos mais fortes candidatos à conquista do próximo Euro. Pelo menos, na minha visão.

Momentos de transição: foco na reactividade
Falando do pressing em organização, e da importância que lhe é atribuída, diz tudo da noção que Paulo Bento tem de como os momentos de transição podem ser decisivos. Em fase defesa-ataque, não é difícil perceber a ordem: tirar a bola da zona de pressão e soltar o extremo em situações em que o espaço é um aliado. No momento inverso (ataque-defesa), importância para a reactividade e organização. De preferência pressionar e tentar imediatamente a recuperação, mas percebe-se que o equilíbrio é uma prioridade que precede esse objectivo. Importante a característica individual dos jogadores, sobretudo dos médios, mas disso falarei mais tarde...

Bolas paradas: a potenciar...
É uma área onde Portugal está bem servido, quer em termos ofensivos, quer em termos defensivos. Marcou um golo frente ao Chile, mas percebe-se que poderá fazer mais do que o que actualmente apresenta.

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