29.9.10

Notas do Schalke-Benfica (Breves)

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- Começando pelo golo inaugural. Que Peixoto não tem características para ser lateral, já o escrevi, e prefiro fazê-lo quando está bem do que, como hoje, falha. O que quero destacar é a origem do lance e a recuperação do Schalke, com o "pivot" a cortar pela raiz a transição do Benfica. Um filme tantas vezes visto no Benfica de Jesus, com Javi Garcia como protagonista. Pode dizer-se, portanto, que o Benfica provou um pouco do seu próprio veneno.

- Espanta-me como se continua a desvalorizar (não digo que o Benfica, internamente, o tenha feito) o potencial de algumas equipas, fazendo passar a ideia de que pelo facto do Schalke ou o Lyon estarem na cauda da tabela dos respectivos campeonatos, estas são equipas "acessíveis". Não são. São equipas com mais poder aquisitivo do que qualquer equipa portuguesa e jogar contra elas não representa um grau de dificuldade inferior a qualquer jogo "grande" interno.

- O jogo, e enquanto não esteve resolvido, não foi nunca desequilibrado em nenhum sentido. Teve, isso sim, oscilações de supremacia e o Schalke acabou tirar partido de uma fase negativa do Benfica, com substituições e lesões que cortaram um pouco o ritmo à própria equipa. O mais importante a realçar, porém, é a constatação que num jogo de detalhes foi o Benfica que voltou a perder. O Benfica de Jesus. Porque, como já há muito venho alertando, parece-me haver uma incapacidade de superação das equipas de Jesus nos grandes jogos. E os grande campeões não são feitos apenas de bons jogadores e excelentes modelos tácticos. É preciso emergir emocionalmente nos momentos certos.

- Veremos qual o efeito da recaída. Para se recuperar de uma crise de confiança - mais uma vez reforço que o grande problema do Benfica 10/11 está na "cabeça" - não bastam 2 ou 3 jogos. O teste é feito precisamente na reacção à primeira adversidade. Para já o indicio em campo não foi bom, basta contar o número de perdas de bola (a marca das 3 derrotas) que aconteceram depois do 1-0.

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