16.2.10

O desperdício de Belluschi, e o melhor do Benfica-Belenenses

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Talvez tenha sido a figura da jornada. Não pelos motivos que mais vulgarmente levam alguém a merecer este destaque, mas porque se houve alguém que contribuiu para o desacerto na finalização portista em Matosinhos foi, de facto, Fernando Belluschi. Isto, pelo menos, enquanto esteve em campo. Mas nem tudo é negativo naquilo que fez Belluschi nos 3 lances que tanto o aproximaram do golo. Nos 2 primeiros casos é claro o desacerto no toque final, com o argentino a aparecer bem em zonas de finalização na sequência, curiosamente, de iniciativas de um dos destaques da partida: Miguel Lopes. No último, também se assinala o movimento sem bola, mas, desta vez, seria cruel fazer qualquer reparo ao que se seguiu. Notável recepção, excelente remate. Seria, seguramente, um dos melhores golos do ano. Assim, ficou-se por uma simples frustração. É assim o futebol...

Ainda sobre Belluschi, e importa mencioná-lo apesar da ineficácia na conclusão, ficam 3 exemplos que evidenciam melhorias nos movimentos sem bola do argentino. O sublinhar deste pormenor explica-se, naturalmente, pelas dificuldades que o jogador revelou durante tanto tempo. É também por isto que creio ter sido um erro a sua substituição.

Benfica – Não foram muitos os exemplos ao longo do jogo e, seguramente, menos do que tem sido hábito. Ainda assim, o Benfica não deixou de nos brindar com uma notável jogada em construção da qual resultou, também, uma das suas melhores ocasiões no jogo. Não serão precisos muitos comentários, apenas gostaria de destacar 2 aspectos. Primeiro, na origem da jogada, a liberdade concedida a Javi Garcia, um dos erros que já havia identificado ao Belém. Depois, o pormenor do movimento dos jogadores do Benfica, primeiro Aimar e depois César Peixoto. É nos espaços que criam que a jogada tem o seu desenvolvimento. Excelente!

Belenenses – A grande ocasião do Belenenses resulta, também, de uma excelente jogada. Tudo tem origem num lançamento lateral favorável ao Benfica em que o Beleneneses acaba por ganhar a bola. A zona do Benfica cria problemas mas não é suficiente para tapar as linhas de passe e isso acaba por ser prejudicial. Num momento chave, é possível ver que a saída de 2 jogadores encarnados na pressão, tem como consequência um 2x1 nas suas costas. Assim se cria a liberdade para o cruzamento que termina com Fajardo na cara de Quim. É verdade que há mérito do ataque à zona de finalização por parte do jogador e que este beneficia também de alguma incapacidade de David Luiz para resolver o lance. Mas... o que dizer daquele toque final?!



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