1.2.10

Benfica - Guimarães: Dominar e, desta vez... vencer!

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Para além da qualidade, havia o trauma. O Vitória despertava, por isso, uma ansiedade especial na Luz. A resposta foi a melhor. Não só assegurou o essencial, ganhar, como o fez de uma forma absolutamente categórica, recuperando um nível já bem mais próximo do melhor que se viu durante esta temporada. Uma semana completa para treinar ajuda muito. Já agora fica a nota, recuperando a análise do jogo da Taça: descontando os óbvios efeitos da eficácia, este jogo não foi assim tão diferente...

Não se pode falar de uma maré de oportunidades para o Benfica. Na verdade, para ser fiel à história do jogo, a eficácia é um dado a mencionar. O Benfica, tal como o Vitória, marcou na sua primeira ocasião. Tudo porque da parte do Vitória houve uma postura bastante semelhante àquela que apresentara na Taça. Ou seja, uma atitude defensiva agressiva e pressionante, com a preocupação de constringir espaço e tempo ao ataque encarnado, e de, por outro lado, reduzir ao máximo as situações de transição. O único problema do Vitória, por mérito do Benfica, é que nunca conseguiu ter bola. Tal como na Taça, mais uma vez. Desta feita, porém, foi o Benfica a ter os primeiros rasgos de eficácia e isso fez toda a diferença.

Sobre o Benfica, algumas notas individuais. Primeiro para a dupla Aimar-Saviola, que recuperou o seu nível mais elevado, aumentando de sobremaneira a velocidade de pensamento do jogo do Benfica. E não apenas com bola. Depois, claro, para Martins. Marcar ao Vitória não surpreende. Nem, tão pouco, o facto de ter sido expulso escusadamente. Martins é assim e o problema é que sempre o foi. Um jogador de qualidades raras, que poderiam ter feito dele um craque caso tivesse evoluído na sua compreensão do jogo e na sua maturidade emocional. Assim, hoje como sempre, vive de momentos fantásticos mas que depressa se eclipsam, não sendo capaz de desempenhar funções de maior exigência táctica nem de ser útil em todos os momentos do jogo. É pena. Outro caso, é Cardozo. Parou de marcar, confirmando que sendo um portento em alguns aspectos não é, no entanto, um jogador particularmente forte em termos mentais (e como isso é determinante num avançado!). Hoje as oportunidades não são menos, a eficácia é que já não lá mora. Talvez ainda volte a tempo de ajudar nesta época.

Nota, no Vitória, para Nuno Assis. Marcou um belo golo, construído em velocidade e aproveitando um momento de desorganização na defesa do Benfica. Marcou, mas a sua exibição não foi melhor que noutros jogos. Por isso, não tenho nada a acrescentar...

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