21.8.09

Benfica - Poltava: Fácil, como noutros tempos...

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Antigamente era assim. Nome esquisito raramente enganava e dava, regra geral, lugar a goleada. Os tempos são outros e hoje o futebol não tem mais espaço para vencedores antecipados. Esta eliminatória não era excepção, mas o Benfica acabou mesmo por fazer o tempo voltar atrás, lembrando esses tempos de maior facilidade perante as incógnitas europeias. A eliminatória está, assim, resolvida, evitando-se incómodas preocupações para uma deslocação longínqua a que obriga a segunda mão. Esse foi, aliás, a intenção evidenciada por Jesus ao não promover qualquer rotatividade para um jogo a meio da semana. Objectivo conseguido e um bom começo para uma carreira europeia que tem tudo para ser longa.


Vorlska Poltava
O primeiro ponto serve para contextualizar o grau de dificuldade do jogo. Vorlska Poltava é, inevitavelmente, um nome que sugere um grande desequilíbrio entre as equipas. Que o Benfica é melhor não há dúvidas, mas este era um adversário que estava longe de pressupor goleada obrigatória. Afinal, trata-se de uma equipa habituada a bater o pé a Dínamo Kiev e Shakhtar.

A importância do primeiro golo A diferença de potencial era evidente e a esta juntou-se um dado fundamental para descodificar as coordenadas do jogo. O à vontade ucraniano. Essa característica permitiu uma grande confiança na forma como abordaram o jogo, mostrando qualidade técnica para fugir ao pressing encarnado na primeira meia hora. O que se viu nesse período foi um jogo perigoso para o Benfica, sem capacidade para conseguir recuperações altas e impor o ritmo que gosta e precisa para mandar no jogo. Deste quadro resultava a ideia de que o Benfica precisaria de um momento que abanasse a confiança do adversário, mas também que se tal não acontecesse rapidamente, o jogo se poderia complicar. Felizmente para as hostes encarnadas, a diagonal de Di Maria contou com as dificuldades de recuperação da defensiva adversária e terminou com a bola no fundo da baliza ucraniana. A partir daí, e confirmando a ideia inicial, tudo se tornou muito mais fácil.

Veio o pressing, foi-se o equilíbrio
A eliminatória terminou quando o pressing encarnado entrou em jogo. Ou seja, depois do tal efeito psicológico do golo de Di Maria. O Benfica tornou-se, a partir daí, dominador absoluto e, com naturalidade chegou à goleada. Uma evidência, também, da importância que o pressing tem neste modelo do futebol encarnado em 09/10. O jogo tornou-se, depois, demasiado fácil para o Benfica. Tão fácil que se torna mesmo difícil tirar conclusões sobre alguns aspectos. Fica para outras ocasiões


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