6.5.09

Ronaldo: Talvez fosse melhor ver os jogos do Manchester...

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Se a primeira mão desiludira pelo desnível entre os 2, a segunda nem sequer chegou a ter uma história à altura da importância do jogo. O United teve a eficácia que não havia conseguido em Old Trafford e depressa marcou a sua passagem para Roma. Para além da confirmar um Manchester altamente preparado para estes vôos, o jogo mostrou novamente a dimensão invulgar do futebol de Cristiano Ronaldo. A facilidade com que se torna uma ameaça permanente, em toda e qualquer situação de jogo, leva, de novo e definitivamente, à conclusão de que há algo de errado no aproveitamento do jogador ao serviço da Selecção.

Não é um tema novo neste espaço e há muito que venho alertando para a necessidade de Portugal readaptar o seu modelo às características deste fantástico extremo que tem ao seu dispor. Ronaldo terá sido um caso de metamorfose invulgar, emergindo como “extremo nato”, mas ganhando nova dimensão como “extremo falso”. A diferença, e sem entrar em pormenores que já desenvolvi noutros textos, é que Portugal não se adaptou à transformação, continuando a servi-lo como se de um “extremo nato” se tratasse. Obviamente que o rendimento não pode ser o mesmo.

Problema individual?
Não podia ser mais irónico... Em 3 jogos das meias finais da Champions, jogaram 2 portugueses. 1 actuou como defesa esquerdo e outro, na maior parte do tempo, como avançado. Esta constatação não implica que o problema de recursos na Selecção tenha uma solução directa e simples, mas indica claramente que o problema da Selecção não pode nunca ser visto de uma perspectiva individualizada, tal como vem sendo encarado. O problema está, isso sim, na ausência de um modelo colectivo que retire realmente o melhor dos jogadores.
Chega a ser absurdo dado o passado do Seleccionador, mas dá quase para dizer que em vez de ver jogos do Siena, Queiroz ganharia mais em rever com maior detalhe aquilo que se passa, por exemplo, nos jogos do Manchester United...



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