30.4.09

Man Utd - Arsenal: Dominador, mas misericordioso!

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Não é suposto ser tão fácil. As meias finais da Champions são jogos tipicamente de detalhe e sem uma superioridade clara. Os nomes dos emblemas faziam supor isso mesmo, mas se vista a ficha de jogo logo se desconfiou de alguma superioridade caseira, com os primeiros minutos esse sentimento ganhou outra expressão, ficando desde aí evidente uma enorme diferença de potencial entre as equipas. A este nível, a concentração é máxima e são raros os erros colectivos, especialmente em equipas com modelos tão rotinados. Se até aqui as equipas se equivalem genericamente, muito claramente tal não acontece ao nível da capacidade individual. Havia na realidade uma grande diferença individual entre os 2 conjuntos e a sensação de um Arsenal impotente a consequência inevitável. Para o interesse da eliminatória valeu a misericórdia do United que se limitou a vergar o seu adversário, deixando-lhe no entanto alguma margem para se reerguer na segunda mão.


Man Utd: simplesmente superior
Se o Arsenal apareceu fragilizado, o United não deu hipóteses e fez um excelente jogo, dominando nas várias fases da partida. A entrada foi imperial. Quer pela forma como dominou o adversário e o impediu de sair a jogar, quer como, com bola, não manifestou ansiedade, preferindo períodos de mais segurança e menos verticalidade, e esperando pelo melhor momento para entrar num bloco que, naquela altura, nada arriscava na concepção de espaços. A qualidade do seu futebol não lhe tardou a dar um golo mais do que esperado. Às mudanças no cariz do jogo e postura do adversário, o United respondeu sempre com grande maturidade, mantendo um domínio quase absoluto em todos os momentos. O senão de tudo isto vai, claro, para a finalização que terá ficado a dever pelo menos 2 golos àquele que O’Shea tão prematuramente conseguiu.
Individualmente, não posso evitar alguns destaques. Anderson foi um dos melhores em campo. Não que tivesse sido perfeito nas suas acções e decisões, mas o seu papel foi fundamental no domínio da zona central, parecendo ser quase sempre o elemento diferenciador na batalha desse sector. Tevez só me surpreende por ser tão pouco utilizado. Com ele o United ganha quase sempre outra vivacidade e outra qualidade, pela forma inteligente e activa como se movimenta e pela qualidade com que procura combinações quase sempre curtas e rapidíssimas que quase sempre desequilibram – foi assim que nasceu a jogada que antecedeu o canto do golo. Ronaldo mostra, para quem quer ver, o porquê de ser provavelmente o jogador mais valioso do futebol actual. Jogando a partir da direita, ganha muito quando a equipa opta pelo corredor oposto para atacar. É assim que ele aparece em melhores circunstâncias, ora no espaço a responder a variações de flanco, ora em combinações na zona central (como ganha com a presença de Tevez!), ora em abordagem a cruzamentos onde é dos mais temíveis finalizadores na actualidade. Compare-se a forma como é servido no clube e na Selecção e talvez se entenda melhor as reais razões para a diferença de rendimento...

Arsenal: daria para pedir mais?
Antes do jogo, vale a pena perguntar como é que chega a este nível uma equipa com tão humildes recursos. Naturalmente que as lesões são a principal justificação mas não posso esconder a admiração por se conseguir, ano após ano, estar entre os melhores com um nível de investimento incomparavelmente inferior. Não me canso de repetir, o modelo do Arsenal deve ser um modelo para os clubes de menores recursos.
Com uma equipa manifestamente abaixo da qualidade exigível para este nível, Wenger tentou uma pequena manobra táctica, já vista na primeira mão frente ao Villareal. A ideia passou por reforçar a zona central, utilizando Fabregas como uma espécie de “joker”, que se juntava a Adebayor para pressionar, mas que baixava para construir em posse. A verdade é que essa variante táctica nunca produziu efeitos práticos desejados, apesar de Wenger nunca a ter alterado (inclusivamente, lançando Bendtner para jogar sobre a direita!). A equipa teve dificuldades em segurar o móvel e dinâmico ataque do United, mas foi com bola que mais falhou. Primeiro, ao não conseguir fazer um primeiro passe útil que permitisse sair do pressing do United, em transição. Foi devido a esta lacuna que a equipa foi tão massacrada no primeiro tempo. Depois, quando o United lhe permitiu ter mais bola, nunca conseguiu criar linhas de passe verticais que permitissem à equipa evoluir para zonas mais próximas da baliza, faltando-lhe sempre um elemento que ajudasse Adebayor nessa tarefa. Ficará para sempre por saber o que aconteceria se Wenger tivesse em algum momento arriscado por aquele que é, afinal, o seu modelo base, mas a verdade é que o que se viu não foi uma resposta minimamente à altura das dificuldades que lhes foram colocadas.

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Onde é que eu já vi este?

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29.4.09

Barcelona - Chelsea: A muralha de Hiddink

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Quem olhasse para os números das duas equipas e, em particular, para os golos que ambas marcaram nos últimos 2 jogos da competição, talvez esperasse um jogo aberto e com golos. A realidade é outra. A Champions a este nível é de tal forma competitiva e equilibrada que se torna numa prova eminentemente estratégica, onde o sucesso está muitas vezes preso ao detalhe da resistência mental, de se ser capaz de se manter mais concentrado, mais tempo. Neste contexto, parece-me, o duelo entre Liverpool e Chelsea terá sido algo atípico, com o efeito psicológico dos golos a retirar concentração e rigor, tornando o jogo louco em vez de racional. Esse dado, o golo, foi algo que Camp Nau não chegou a ver e por isso o jogo não enlouqueceu e manteve-se monocórdio durante todo o seu tempo.

Barcelona: criticar o quê?
O climax da temporada chegou e, afinal, a grande máquina de fazer golos ficou em branco no jogo mais importante que teve até agora. O que concluir? Será afinal este Barça um ’bluff’, incapaz de aparecer ao mais alto nível frente aos melhores? A resposta é, obviamente, não! Este Barça é a equipa que melhor ataca no mundo e não é este jogo que irá anular tudo o que já mostrou. Acontece, no entanto, que este é outro nível e em particular as equipas inglesas têm hoje uma capacidade defensiva que, pela qualidade e experiência dos seus jogadores, as torna realmente difíceis de bater quando estas se disponibilizam para, como foi o caso do Chelsea, defender com tudo e mais alguma coisa.
Sobre o Barça, pode dizer-se que a equipa talvez tenha errado na forma como tentou materializar o domínio territorial avassalador no último terço do campo. A tentativa de furar o bloco defensivo contrário em apoio e de uma forma repetitiva revelou-se infrutífera perante a densidade e qualidade dos adversários naquela zona. Talvez uma solução mais eficaz passasse por tirar partido da grande capacidade de construção para criar situações de cruzamento desde zonas exteriores, tal como aconteceu nos últimos minutos de jogo. Esse, no entanto, não é o perfil ofensivo deste Barça que prefere tabelar a cruzar. Não há equipas perfeitas, é certo, e devemos mais depressa aceitar essa evidência do que precipitar uma critica fácil na hora em que as coisas não correram da melhor forma.

Chelsea: estratégia cumprida a 50%
Hiddink não é parvo. Tentar dividir o jogo em Camp Nou, contra este Barça, seria uma total idiotice. Era sobretudo importante tirar todo e qualquer espaço a uma equipa que parece multiplicar cada metro de terreno por 10 de cada vez que tem a bola, tal a facilidade com que consegue penetrar em zonas aparentemente fechadas. Era mais um problema de mentalidade e postura do que de disposição táctica e, por isso, mesmo com Essien a fazer de extremo, Hiddink não alterou tacticamente o seu 4-3-3. A verdade é que o Chelsea conseguiu o feito de sair de Camp Nou com a sua baliza inviolada e para tal muito contribuiu o facto da equipa ter evitado praticamente em absoluto as situações de transição, obrigando o Barça a atacar, quase sempre, perante um bloco organizado.
Terá feito o Chelsea um jogo perfeito em Camp Nou? Nem por sombras! Diria, aliás, que o Chelsea apenas cumpriu 50% do plano. É que para além de encurtar espaços defensivamente, o Chelsea propunha-se sair em transições rápidas, utilizando um passe mais directo no inicio das suas saídas ofensivas e utilizando a potência de Drogba para dividir as primeiras bolas, podendo depois sair a jogar a partir das segundas bolas. Era, se quisermos, a estratégia que tantas vezes vimos o Chelsea de Mourinho interpretar com sucesso e que, para o caso seria totalmente adequada, porque obrigaria o Barcelona a recuar no terreno e inviabilizaria a sua pretensão de manter o jogo em permanência no meio campo ofensivo, pelo pressing alto que sempre aplica. Seria também uma forma de desgastar fisica e mentalmente o adversário utilizando poucos jogadores e de, obviamente, tentar fazer um golo que seria fundamental para a eliminatória. Aqui o Chelsea falhou rotundamente. Esse primeiro passe nunca entrou em Drogba, sentindo-se claramente que este não é mais uma rotina com a qual os ‘blues’ se sentem confortáveis, não ajudando também o facto da bola ter sido sempre colocada para a zona de Touré e raramente sobre as laterais. O resultado foi um domínio constante e avassalador do Barça que, em boa verdade, acaba por ser mais um ponto de elogio para a defensiva inglesa, tal o tempo que o Barça dispôs para tentar desbloquear o nulo. Aqui, destaco sobretudo a capacidade individual dos jogadores para se manterem concentrados e solidários, já que não é muito difícil organizar uma defesa de 9 jogadores. ~


E agora?
Terminado o jogo, pode dizer-se que o Chelsea foi, apesar do seu mérito defensivo, bastante feliz no resultado que trouxe de Barcelona. Para a segunda mão, no entanto, não creio que existam grandes vantagens para o Chelsea. O nulo permite ao Barça empatar e se o Chelsea se abrir um pouco mais, os catalães poderão tirar partido em termos ofensivos. Será fundamental o primeiro golo porque condicionará em absoluto a estratégia das equipas. Entre o potencial ofensivo do Barça e a maior vulnerabilidade das suas unidades defensivas se fará, creio eu, a sentença da eliminatória.


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Showboat!

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28.4.09

8 lances do fim de semana...

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Benfica – Marítimo (Cardozo) – O lance do segundo golo na Luz é muito interessante e diz muito sobre a forma como o Benfica alterou a sua forma de abordar o momento ofensivo. Em organização ofensiva, o Benfica, não só tem os 2 laterais abertos, como inclui ainda 1 central em acção ofensiva (já acontecera no primeiro golo no Bonfim). Juntando ao número elevado de jogadores, a qualidade de muitos deles (no caso destaco o trabalho de “pivot” de Nuno Gomes), torna-se fácil perceber que estão criadas as condições para a criação de mais desequilíbrios ofensivos. O problema da questão está na forma como a equipa se adianta em demasia, correndo sérios riscos de ser apanhada em contrapé em caso de perda de bola.


Porto – Setúbal (Lisandro I) – O primeiro golo com que o Porto bateu o Setúbal é um exemplo da grande qualidade de Lisandro. Primeiro, na forma como dá apoio à construção, atraindo a marcação para fora da sua zona e, depois, na forma como define o lance dentro da área, tirando também partido das dificuldades que gera a sua movimentação. No entanto, é importante notar a forma deficiente como o Setúbal defende. A zona central é desprotegida de forma quase primária, quer na forma como Farias, estando parado (devia ter sido colocado em fora de jogo), consegue receber e ter tempo para ler o jogo, quer depois como Lisandro consegue ganhar vantagem perante uma marcação que demora muito a reagir à sua movimentação (note-se ainda a forma como Mariano aparece também solto numa zona central).

Porto – Setúbal (Lisandro II) – No segundo golo, tal como no primeiro, um misto de mérito da dinâmica e mobilidade do ataque portista e de um enorme demérito na forma como o Setúbal defende. Farias é pressionado pelo lateral, abrindo um buraco no seu flanco e, depois, é visível a distância entre sectores, com o meio campo a não auxiliar a linha mais recuada. Este aspecto é muito perceptível no facto do Porto conseguir meter tantos jogadores como o Setúbal para a resposta ao cruzamento.

Sporting – Estrela (Postiga) – Um dado curioso do jogo com o Estrela foi o facto do Sporting ter feito muito pouco recurso às bolas longas de Polga, isto apesar da forma compacta como defendeu o Estrela. O central, aliás, tornou-se protagonista de um dos melhores lances do primeiro tempo, ao iludir o pressing e inciar um desequilíbrio pela zona central. Na jogada, para além da habilidade de Liedson (pouco pressionado), é visível a tal característica de uma linha defensiva algo subida por parte do Estrela. Postiga por muito pouco não consegue fazer o golo.

Sporting – Estrela (Liedson) – Uma curiosidade deste lance tem a ver com a colocação dos médios interiores (Pereirinha e Veloso) no mesmo flanco. É uma situação totalmente episódica e que em Guimarães esteve na origem do golo sofrido. Desta vez, é o Sporting quem tira partido, virando o jogo para o flanco menos povoado. Mas o aspecto que quero destacar é outro que tem a ver com a forma como a defesa tem dificuldades em responder ao cruzamento pelo facto de jogar algo adiantada. Quando o cruzamento se torna eminente, os centrais são obrigados a recuperar ao mesmo tempo que se tentam colocar para responder ao lance. Naturalmente, torna-se uma tarefa muito complicada e, por isso, Liedson fez um golo semelhante ao que havia feito na primeira volta.

Naval – Rio Ave (Yazalde) – Uma nota para o golo de um jogador que se tem destacado neste final de época e que poderá ser decisivo na luta pela manutenção. Não me fica claro se o primeiro toque de Yazalde é propositado, mas se o é, é um grande pormenor do jogador emprestado pelo Braga (já aqui destaquei a importância do primeiro toque e forma como ele define um jogador).

Man Utd – Tottenham (Modric) – Finalmente, volto ao golo de Mariano em Old Trafford e à importância de Lucho. Este fim de semana o mesmo erro do United, com Bent a fazer de Lucho e a atrair o lateral para a abordagem ao lance, deixando espaço para Modric (qual Mariano) ficar livre para a finalização. Aqui volto à importância das referências individuais na área. O United tem superioridade numérica e não se pode falar de um mau posicionamento base. O que acontece é que na área é impossível fazer uma marcação eficaz com poucos jogadores tendo apenas por base referências zonais. Este, aliás, é um erro clássico.


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O corte do ano de Langkamp e outros jogos...

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- Em Inglaterra uma reviravolta fantástica do United em Old Trafford. 5-2 sobre o Tottenham.
- O Liverpool venceu facilmente o Hull com destaque para o golo de Xabi Alonso. Vale a pena ver os golos da vitória do Arsenal frente ao Middlesbrough.
- Em Espanha, o título do Barcelona está definitivamente sob ameaça na véspera da visita ao Bernabeu, depois do empate a 2 no Mestalla.


- Entretanto, em Sevilha um hat-trick de Raul permitiu ao Real recuperar terreno.
- Nota para o jogo do Villareal, pelo golo de Llorente e o frango de Stojkovic.
- Em Itália, a trivela de Zallayeta confirmou que este não está a ser um ano brilhante para o Inter, apesar do mais do que provável 'Scudetto'.
- Quem está em grande forma é o Milan (3-0 ao Palermo).
- A Juventus perdeu o segundo lugar, num empate a 2 com a Reggina. Para ver a bomba de Hallfredsson. Outro grande golo foi protagonisado por Vargas (Fiorentina) na goleada à Roma.
- Em França, o Marselha parece ter ganho uma vantagem potencialmente decisiva depois da reviravolta em Lorient.
- Quem parece mais capaz de perturbar a caminhada marselhesa é o Bordéus que este fim de semana conquistou a Taça da Liga numa goleada (4-0) sobre o Vannes.
- Nota para o nulo que atrasou Lyon e PSG e para o golo de Provent (Caen).
- Na Alemanha está um campeonato louco, onde do 1º ao 5º lugar tudo é possível. Perderam Wolfsburgo, Hamburgo e Bayern (Klinsmann despedido!!) e ganhou o Hertha, agora segundo.
- Pode parecer estranho, mas entre Colon e Velez jogou-se um fantástico jogo com grande importância para o título na Argentina.
- No Brasil, finais de estaduais, com o feito de Ronaldo pelo Corinthians, em São Paulo, o empate entre Botafogo e Flamengo no Rio e a goleada do Cruzeiro sobre o Atlético em Minas.
- Nota, finalmente, para os golos de Ailton (Copenhaga) e Bolaños (Start), para o 'Panenka' falhado de Suarez (Ajax). Por cá, claro, o remate de Goianira. Pode não ser tão mediático como outros, mas o seu golo não fica a dever nada a nenhum dos melhores que por cá se marcaram...
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27.4.09

Benfica – Marítimo: Jogo aberto

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Este foi um jogo com uma característica que raramente se vê durar tanto tempo. O espaço para jogar. O Benfica confirmou a sua vocação mais ofensiva neste final de época e o Marítimo respondeu, mostrando-se disponível para dividir o jogo, colocando muita gente a sair para as acções ofensivas. A história foi a que se conhece, mas em boa verdade foi muito marcada por um rasgo de eficácia do Benfica no final de uma primeira parte de bom nível (em termos ofensivos) mas sem as oportunidades que fizessem por merecer tantos golos. No final, a vitória parece-me inteiramente justa, até por ter sido pela margem mínima.


Novo Benfica – Quique falou de uma nova fase para a sua equipa. Na realidade trata-se da adaptação a um ponta de lança como Cardoso, dando prioridade a um jogo mais apoiado e não tanto em busca da profundidade imediata. É por isso que agora Reyes joga sobre a direita e Aimar sobre a esquerda, procurando movimentos interiores que abram espaço para os laterais, havendo mais gente nas acções ofensivas. A qualidade nesta fase é agora maior, pela quantidade – mais gente a atacar – e pela qualidade que jogadores como Nuno Gomes e Reyes emprestam quando é preciso encontrar espaços. A verdade, porém é que o risco é muito maior, primeiro porque a equipa se expõe demasiado em posse e depois porque Ruben Amorim e Carlos Martins abrem um buraco imenso nas suas costas que facilmente poderá causar dissabores em termos defensivos. Seja como for, para já, não falta quem aplauda.

Marítimo de Carvalhal– Tinha grande curiosidade em ver este Marítimo de Carvalhal. É uma equipa com muita qualidade técnica mas a quem falta alguma ordem e Carvalhal será aos meus olhos uma fantástica opção para dar outra dimensão a esta equipa. Fica também claro que este tem de ser um processo lento e que leve, provavelmente, algumas reestruturações. Falta alguma agressividade e pragmatismo na forma como a equipa aborda certos momentos do jogo. Em particular neste jogo houve um enorme desaproveitamento das situações em que a equipa teve bola no espaço entre linhas, não havendo movimentos de rotura que oferecessem solução ao portador da bola. Com isto o Marítimo terá perdido várias oportunidades para fazer mais golos.
Duas notas sobre esta equipa. A primeira para dizer que poderá ser uma das chaves para definir este final de época, já que não prevejo facilidades nas visitas de Porto e Sporting aos Barreiros. A segunda para referir que embora concorde que Carvalhal tenha apresentado uma equipa aberta na Luz, não gosto de ouvir um treinador dizer que não veio com “estratégias de autocarro”. Para mim o futebol é um jogo com regras claras e, desde que dentro delas, qualquer estratégia é válida cabendo ao treinador definir o melhor caminho para si e para os seus. Não é por não ser defensiva que uma estratégia é melhor ou pior, mais ou menos respeitável...
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Porto – Setúbal: Tanta diferença...

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Este era à partida um dos jogos mais desequilibrados da época. Um Porto forte, ainda que com as limitações conhecidas, e um Setúbal do mais fraco que se viu até agora nesta liga. O inicio de jogo confirmou essa tendência e terá até servido para iludir em demasia os portistas que perderam embalo depois de um inicio asfixiante e viram os minutos passar perigosamente. O primeiro golo foi, por isso, um alívio bem grande, mas ditou logo ali por terra quaisquer que fossem as aspirações do Setúbal.
Mau Setúbal – É difícil fazer projecções positivas sobre este Setúbal. A equipa até acabou por resistir bem no primeiro tempo, aproveitando uma menor intensidade no jogo portista, mas não foi difícil perceber desde cedo as limitações do seu conjunto. Defende mal, embora utilize muita gente para o fazer e depois não tem uma estratégia devidamente montada para sair em transição, o que explica grande parte do sufoco a que foi sujeito em certas fases do jogo. A tudo isto, claro, juntou-se a má gestão dos recursos por parte de Cardoso durante a partida. Pode não estar ainda abaixo da linha de água, mas por este andar dificilmente não acabará por lá...

O Porto da recta final – É claro que o Porto sem Lucho e Hulk não pode ser o mesmo. Faltam-lhe 2 características essenciais – inteligência e explosão – e embora o Porto seja, como já aqui defendi, uma equipa colectivamente forte e bem mais do que a soma das suas partes, a verdade é que são baixas incontornáveis. Isso sentiu-se nomeadamente na dificuldade que a equipa sentiu em traduzir em ocasiões o seu domínio no jogo. Valeu a capacidade de Lisandro, desde cedo o melhor da equipa para desbloquear já algo tardiamente o que inicialmente parecera tão fácil. Este final de época será uma prova para os restantes jogadores que agora precisam de superar o efeito de Hulk e Lucho na capacidade para fazer a diferença. Para já respondeu Lisandro.

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Sporting – E.Amadora: Dominar e quase empatar

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Não se pode dizer que tenha sido um grande jogo, mas foi seguramente um bom jogo. Alias, terão sido poucos os jogos em que se viu um domínio territorial tão expressivo por parte do Sporting, produto essencialmente de um pressing forte na reacção à perda de bola. Mais consequente em termos de oportunidades no segundo tempo, mas de igual forma superior nos 2 períodos, o Sporting acabou por ser vitima de alguma crueldade que o futebol por vezes tem e que, neste caso, só por muito pouco não deu empate. Não se justificava, como facilmente se entende, mas podia ter acontecido...

Defesa alta – Uma das características do Estrela é a forma como tenta manter um bloco curto, iniciado na linha média mas com uma defesa um pouco subida no campo. Isto, num campo pequeno como o da Reboleira, parece funcionar bem, mas noutros campos de maior dimensão acaba por dar muito espaço nas costas da sua defesa. Há várias formas de tirar partido desta situação, mas uma das melhores é obrigar os centrais a responder a cruzamentos ao mesmo tempo que recuperam terreno nas suas costas. Foi assim que o Sporting marcou o seu segundo golo e fora já assim que Liedson havia dado a vantagem ao Sporting no jogo da primeira volta. Esta característica do Estrela explica, por um lado, as dificuldades para o Sporting conseguir evoluir em apoio por entre esse bloco curto e denso e, por outro, a forma como conseguiu desequilibrar sempre que conseguiu colocar a bola nas costas da defesa.


Assimetria – Um dos aspectos muito evidentes deste Sporting em termos ofensivos é assimetria do seu futebol. Sem Grimi e com Caneira o Sporting tem naturalmente menor capacidade para retirar do seu lateral esquerdo a mesma profundidade que consegue com Pedro Silva. A isto junta-se o momento do meio campo, com Veloso e Pereirinha a serem interiores de características completamente distintas e, mais uma vez, com o lado direito a sair beneficiado em termos de velocidade. Junte-se a isto o pormenor de Liedson com Postiga ter surgido mais móvel e sobretudo sobre a direita e temos uma equipa completamente assimétrica no que respeita ao seu futebol ofensivo.


Romagnoli – Outro aspecto a abordar é Romagnoli. Em tempos defendi que o futebol do Sporting não tem outro como ele para interpretar o futebol rendilhado sobre as alas. A verdade é que a adopção de Moutinho como 10 mudou um pouco os hábitos da equipa que hoje já não procura o seu 10 para escolher o flanco por onde ataca. Não se pode dizer que seja melhor ou pior, mas apenas que é uma diferença de comportamento que deixa Romagnoli completamente fora de jogo, não revelando o argentino capacidade para se integrar e adaptar a esta nova situação. Não espantará, por isso, que Romagnoli venha a abandonar Alvalade no próximo defeso...
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26.4.09

Classe intemporal...

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24.4.09

Rashidi Yekini

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Neste momento o Vitória bate-se com sérios problemas e poderá mesmo desaparecer (apenas temporariamente, acredito) do principal mapa futebolístico nacional. As memórias do clube vão bem longe e serão precisos muitos cabelos brancos para poder recordar os seus primeiros feitos a nível nacional. Um pouco mais fácil será encontrar quem reconheça um nome que, em boa verdade, não é apenas um símbolo entre os adeptos sadinos, mas seguramente uma figura com um espaço importante na história do futebol mundial. Rashidi Yekini.


Yekini foi um portento da natureza que hoje nunca poderia passar tanto tempo incógnito. Aliás, creio que a forma como se afirmou num contexto futebolístico tão diferente daquele onde não só nasceu como cresceu e amadureceu, é a prova da capacidade invulgar deste jogador. Yekini chegou a Portugal e à Europa apenas com 26 anos, em 1990. A sua afirmação não tardou mas apesar dos golos marcados não foi nunca “pescado” por nenhum dos grandes, mesmo depois de se ter consagrado como melhor marcador da Taça das Nações por 2 vezes consecutivas e melhor jogador Africano do ano em 1993. Yekini acabaria a sua primeira passagem em Portugal depois de um Mundial onde brilhou à frente da surprente Nigéria e depois de ter sido, também, melhor marcador do campeonato em 93/94.

O Olimpiacos foi um destino errado para o jogador que não se adaptou e acabou por deitar por terra a oportunidade que havia tido aos 31 anos. A partir daí a recta descendente era previsível dada a idade, acabando por passar de novo por Setúbal já com 34 anos. Yekini só deixou de jogar aos 41 anos, tendo passado por diversos clubes africanos e é ainda hoje, por larga distância, o melhor marcador de sempre da Nigéria.


Terá sido, com Jimmy, um
dos casos de pior aproveitamento dos grandes de um avançado que tão claramente brilhou internamente. Apesar disso, o Setúbal não deixou de gravar na memória uma equipa fantástica em 94, com Yekini e Chiquinho Conde como figuras principais, mas também com Chiquinho Carlos, Sérgio Araújo, Hélio ou Rui Esteves como figuras. Em particular ficará para recordação de todos um famoso 5-2 ao Benfica no Bonfim e uma espantosa recuperação de 0-3 para 3-3 frente ao Porto de Bobby Robson.


Outros vídeos:
-
Yekini em Africa
-
Yekini no Olimpiacos
-
Nigeria no EUA94


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O outro Nene e outros jogos...

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- Ibrahimovic fez tudo o que podia, mas o Inter não foi além do 1-0 (ver chapéu ao poste).
- O Atlético foi copiosamente goleado em Santander.
- No Brasil, nota para 2 equipas. O Inter que não para de golear e o Fluminense que revela mais um potencial craque, Maicon.

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23.4.09

Feito Pacense, oportunidade perdida para tanto talento...

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2 resultados surpreendentes, mas apenas 1 deles com efeito no apuramento. O Paços fez o que quase ninguém acreditava. Vencer na Choupana. Foi uma vitória que começou por ser construída com alguma felicidade, tal a rapidez e eficácia com que chegou ao 0-2, mas que teve também muito mérito no que a equipa conseguiu fazer depois do 2-2.

Tenho de confessar a minha surpresa total por este desfecho, sobretudo porque considero esta equipa do Nacional um caso de talento raro na liga portuguesa. Manuel Machado não parece muito de acordo com esta visão, mas eu creio que a qualidade ao seu dispor não se distancia muito, por exemplo, daquela que tem Jorge Jesus no Braga. A diferença está, em grande medida, na menor consagração dos jogadores do Nacional. Para além de Nené e Ruben Micael, revelações que merecem sem dúvida um olhar atento dos grandes, há outros destaques a ter em conta. Podia falar de vários nomes, mas vou apenas referenciar Maicon, que me parece ser um central com enorme margem de progressão. Enfim, o Nacional perdeu claramente uma oportunidade rara de estar presente numa final histórica e que ajudaria também à projecção destas individualidades...

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A obra (mais uma!) de Zarate e outros jogos...

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- O Barcelona deu 4 ao Sevilha. Normal. Iniesta foi a figura.
- O Valência ganhou em Sevilha ao Betis. Ver o pormenor de Villa, mas sobretudo o drible de Silva na origem da jogada.
- O livre de Nekaunam (Osasuna).
- Já foi na noite de ontem, mas tem de ser visto o livre de Diego Souza contra a LDU.
- Vitória em Old Trafford e mais uma Premier League praticamente garantida


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22.4.09

Eis que o impensável se repete, 8 dias depois!

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De tão invulgar que é, parecia inigualável, irrepetível. 8 dias depois, porém, o impensável aconteceu e voltamos a ser brindados com um incrível 4-4. Desta vez a competição era diferente, por pontos e sem decisões imediatas. Este deveria ser um dado suficiente para que os jogadores não perdessem tão rapidamente o controlo emocional, mas tal não aconteceu... definitivamente!

Muita entrega, excelentes executantes, mas sobretudo uma série de erros imperdoáveis a este nível estão na base de um resultado que faz as delicias dos adeptos mas que, seguramente, trará mais reparos do que elogios dos treinadores às suas equipas.

Para a história, e isso é o que mais conta, fica um fantástico espectáculo de emoção e incerteza no resultado, com um protagonista especial: Arshavin. Um “póquer” não é para todos, muito menos numa visita a Anfield. Os adeptos dos “Gunners” deverão lamentar-se de não poder contar com esta arma na recta final da Champions, enquanto que para o Liverpool, o 4-4 ameaça tornar-se numa maldição espectacular. É que depois de ter sido eliminado da Champions com esse resultado, poderá muito bem ter perdido a Liga com o mesmo resultado, 8 dias depois.


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"La remontada" e o minuto 87 do Bernabéu

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Estava 1-1 e o Bernabéu numa pilha de nervos, perante a necessidade de uma vitória para manter viva a esperança do título. Tudo se complicou ao minuto 83, com 1-2. Esse seria, no entanto, apenas o inicio de um final verdadeiramente louco, certamente entre os mais memoráveis da história deste estádio que tantas emoções já vira...

Guti empatou pouco depois, mas tudo pareceu novamente perdido para os “merengues” a 3 minutos do fim. Penalti para o Getafe e uma reacção incrivelmente descontrolada de Pepe deveria ter sido o fim do Real no jogo. Casquero tinha outra ideia e resolveu inspirar-se em Panenka, na pior altura. Em mais exemplo de quão imprevisível e fantástico o futebol pode ser, Higuain resolveu inverter por completo a tendência desse minuto tão fatídico para Pepe, marcando um golo sensacional no último minuto.


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Falta ver este...

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Numa noite sensacional, falta ver aquele que terá sido, talvez, o melhor golo de todos. Na Taça da Holanda, o Twente virou para bater o NAC. O primeiro golo também é excelente, mas a jogada aérea que resulta no golo de Janssen (1,40 do vídeo) é verdadeiramente especial.

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21.4.09

6 lances (vídeos) da jornada...

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Nuno Assis, 8 minutos – Foi seguramente a melhor jogada do jogo e algo surpreendente até. Porque o Vitória não tem tido qualidade para protagonizar uma jogada que, em ataque organizado, seja capaz de “furar” uma defesa e porque essa defesa era a do Sporting. Grande mérito para a mobilidade colectiva e, em particular, a do protagonista, Nuno Assis, que aparece subitamente nas costas de Adrien, assumindo-se como um corpo estranho para a organização defensiva do Sporting naquela zona. Ao movimento de rotura de Assis (invulgar nele, mas propenso a surgir em zonas mais externas), há que juntar a presença de João Alves naquela zona, para explicar as dificuldades provocadas.

Roberto, 55 minutos – Já tinha referido que este é um golo com mais mérito do Vitória do que demérito do Sporting. Em transição, é verdade que não há nenhum médio interior para bloquear o aparecimento de Andrezinho, mas para o caso não me parece relevante, até porque o lateral não ataca a profundidade, preferindo cruzar largo. O cruzamento é perfeito porque coloca a bola numa zona inalcançável quer para defesas, quer para o guarda redes. Normalmente seria também inalcançável para o avançado, mas o “voo” de Roberto é estupendo e improvável. A única forma de evitar o sucedido era tentar uma linha mais alta que obrigasse Roberto a partir de um posicionamento mais atrasado.


Liedson, 88 minutos – O golo que consumou a reviravolta tem tripla assinatura e muita permissividade vitoriana. Dos 3, Postiga será o mais importante, apesar de não ter, nem assistido, nem concretizado. A boa rotação gera uma atractividade excessiva de jogadores contrários, deixando os 2 companheiros num 2x2 imperdoável. Mas Postiga tem ainda outro mérito. Depois de libertar em Derlei, faz um movimento de desmarcação que parece inutil mas que acaba por arrastar um defesa que desfaz a linha de fora de jogo do Vitória. A partir do momento em que Derlei decidiu rodar, e tendo em conta a qualidade de Liedson naquela zona, o golo era praticamente uma certeza.


Cristian Rodriguez, 18 minutos – Foram raras as jogadas em que o Porto conseguiu desfazer o bloco da Académica na primeira parte. Uma delas e seguramente a mais brilhante aconteceu com uma troca de passes rápida e que revela bem a qualidade de processos do Porto. Realce para a importância do passe vertical para o ponta de lança em vez de respeitar a linha de passe mais simples para Fernando. Esta situação e a rapidez com que foi efectuada, permitiu que a bola chegasse a Fernando sem que a linha de passe para Meireles se fechasse. O mais difícil nestes casos é conseguir colocar a bola num jogador que encare de frente a linha defensiva, nas costas do meio campo. A prova disso mesmo é a facilidade com que Rodriguez ficou isolado a partir do momento em que Meireles ficou nessas condições.


Cristian Rodriguez, 25 minutos – Outra solução e a outra grande ocasião do Porto na primeira parte. Tirar partido da liberdade oferecida ao central (já vista no jogo da primeira volta frente ao Benfica) para tentar a profundidade de uma forma mais directa. Excelente a diagonal de Rodriguez, a confirmar uma das principais características do extremo que é a capacidade de atacar a zona de finalização.

Nuno Gomes, 25 minutos – O golo que abriu a goleada começa com a estratégia prioritária deste Benfica e que ficou muito clara nos minutos antecedentes. Reyes. O espanhol aparece agora quase recorrentemente sobre a direita, numa tentativa de dar ao seu pé esquerdo o melhor angulo para tentar passes de rotura em diagonal. Não foi o caso. Reyes segurou, esperou e libertou em Sidnei para o cruzamento. A surpresa no lance surge precisamente neste protagonista. Num lance de ataque organizado, era expectável que fosse Maxi a fazer aquele movimento, mas foi Sidnei quem, aproveitando o facto de ter iniciado a jogada, deu continuidade à sua acção sobre o flanco. Nota para o pormenor de Maxi ter recuado para cobrir a “aventura” do seu companheiro.


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O 'superclasico' e outros acontecimentos...

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- Em Inglaterra definiram-se os finalistas da FA Cup. O United perdeu o lugar nos penaltis para o Everton, depois de um longo nulo. Num embate que é também uma das hipóteses para a final de Roma, o Chelsea levou a melhor sobre o Arsenal.
- A luta pelo título em Espanha mantém-se. A importância dos pontos sobrepoem-se agora aos golos e Barcelona e Real igualaram-se em 1-0 forasteiros.
- Grande golo de Emana (Betis)
- Em Itália, 1-1 entre os 2 primeiros, com a Juventus a evitar a derrota no último minuto, mas dificilmente evitará a perda do Scudetto.
- O Milan confirmou o bom momento com uma goleada sobre Torino e hat-trick de Inzaghi.
- Grande golo de Asamoah (Udinese)
- Bayern, Hamburgo e Wolfsburgo cumpriram e segue a luta na Bundesliga.
- Grande golo de Valdez (Dortmund) e Raffael (Hertha)
- Em França, o reinado do Lyon parece estar a chegar ao fim após a derrota em Bordéus. O mais forte candidato à subida ao trono é o Marselha, depois da reviravolta em Lorient.
- Na Holanda, confirmou-se a surpreendente conquista do AZ, campeão, apesar da derrota no jogo que era suposto ser de festa. O Grande jogo foi entre PSV e Ajax (6-2)
- Grande golo de Paulo Henrique (Utrecht)
- No Brasil, o Corinthians surpreendeu o favorito São Paulo, com Ronaldo a confirmar o renascimento.

- Milos Krasic foi a figura na Russia, com um hat-trick pelo CSKA.
- Grande golo do espectacular Yattara (Trabzonspor)

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20.4.09

Setúbal – Benfica: De campeonatos... distintos

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É complicado falar muito de um jogo que tem apenas 30 minutos verdadeiramente competitivos. A diferença entre as duas equipas era em termos individuais enorme e isso acabou por se sentir rapidamente no jogo. Isto, sobretudo, quando Reyes era solicitado, algo que aconteceu estrategicamente desde o apito inicial. O Benfica entrou rematador e determinado, mas apesar de tudo sem grande qualidade. Tudo se facilitou, porém, após o 0-1 que surge na sequência do período de maior pressão encarnado, com Sidnei a fazer Maxi e a ser solicitado por Reyes para o cruzamento. A partir daí o Vitória quebrou, o jogo ganhou contornos mais próximos de um treino e o Benfica apenas se ficou pelos 4 porque não quis verdadeiramente mais.

Vitória – Está complicada a vida para os sadinos. Aos erros de gestão do passado, juntou-se, na minha opinião, a precipitação do despedimento do treinador. O Vitória tem hoje um plantel fraquíssimo, tendo de recorrer a juniores, não tem um nível de organização dentro do exigível e vive apenas da entrega dos seus jogadores que, perante um revés, facilmente se tornam altamente vulneráveis. Foi assim frente ao Benfica, mas foi assim também noutras partidas como frente ao Marítimo ou Braga. O Vitória é um dos mais sérios candidatos à descida e arrisco mesmo que dificilmente isso não acontecerá. A confirmar-se, resta saber que capacidade terá o clube para se manter vivo...


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Académica - Porto: O jogo fácil que podia não o ter sido

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Quem olha para o resultado ou viu mesmo uma primeira parte de grande domínio territorial do Porto, ficará com a ideia de que este terá sido um jogo fácil para o Porto. Na minha percepção, essa é uma ideia errada porque a estratégia de jogo da Académica passou precisamente por apresentar um bloco mais baixo e com poucos espaços para jogar. A verdade é que, apesar de todo o domínio, o Porto sentiu fortes dificuldades em ultrapassar a organização estudante e estou em crer que se este jogo tivesse corrido como por exemplo aconteceu em Guimarães, o Porto passaria por dificuldades à partida inesperadas.

Marcar antes do risco – Domingos queixou-se da incapacidade da sua equipa em sair a jogar no primeiro tempo. Para o fazer a Académica teria de ter tido a parte complementar da estratégia do bloco baixo. Ou seja, capacidade para atrair a posse do Porto para as zonas densas do seu bloco, criando condições para iniciar transições rápidas a partir das recuperações conseguidas nessa zona. Isso não aconteceu essencialmente por mérito do Porto e não tanto por demérito da Académica. Isto porque a posse portista foi sempre muito segura, não assumindo riscos e optando várias vezes por lançamentos mais largos que não punham em causa o momento de transição. O resultado foi o tal domínio continuado portista, mas também uma grande dificuldade em criar lances de perigo, contando-se apenas 2 mais claros. Curiosamente, até, foi a Briosa quem teve talvez a melhor ocasião da primeira parte, num lance isolado mas que caso tivesse sido concretizado poderia lançar o jogo para uma toada em que o Porto seria obrigado a arriscar bem mais do que havia feito até aí. É por isso que o timing do golo de Rolando se revela tão importante. Não só o Porto conseguiu a vantagem como evitou entrar num período em que as condições para transições da Académica seriam forçosamente melhores, pelo risco que teria de passar a assumir.

Sem Lucho – A ausência de Lucho era o elemento novo para este jogo. “El Comandante” é uma mais valia óbvia, sobretudo em jogos em que os espaços são limitados pelo adversário, como foi o caso. A verdade no entanto é que o Porto é uma equipa com grande qualidade colectiva e que não está dependente de uma só unidade como já se provara em outras ocasiões. Uma coisa é o facto do Porto ter um modelo optimizado para as características dos seus melhores jogadores, como é o caso. Outra, completamente diferente, era se esse modelo não estivesse assimilado por todos. Mariano pode não ter as características de Lucho, mas sabe perfeitamente o papel que tem de cumprir na sua ausência.


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Guimarães – Sporting: pelo caminho mais improvável

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Para mim este foi um desfecho inesperado, não pelo resultado em si, mas pela forma como ele foi obtido. Isto porque este era um jogo em que tipicamente a equipa que chegasse ao primeiro golo obteria grande vantagem no jogo. Pode parecer paradoxal com o que se passou, mas creio que esta ideia se confirmou em absoluto no jogo.

Jogo de 3 partes
- Uma primeira, até ao golo do Vitória. Aqui o jogo foi mais dividido onde qualquer equipa poderia ter chegado à vantagem, mas onde foi o Sporting, claramente a estar mais próximo de o conseguir. O facto do Vitória não assumir uma estratégia mais calculista permitiu que a maior qualidade do Sporting viesse ao de cima, contando ainda com uma invulgar capacidade nos lances de bola parada. O jogo estava aberto, no entanto, e nesse aspecto não se pode dizer que o 1-0 tivesse sido uma surpresa total. Sobre esse lance, que nasce de uma bola longa vimaranense, destaque para a qualidade do cruzamento e para a capacidade de Roberto – não creio que outro avançado da liga chegasse áquela bola. Na defensiva do Sporting, discordo de algumas criticas que ouvi e apenas criticaria o facto da linha defensiva não ter sido mais alta, permitindo que Roberto estivesse em jogo.

- A segunda parte tinha tudo para conduzir o jogo até uma vitória Vimaranense. Melhor o Vitória, assumindo uma estratégia mais inteligente e que condicionava também muito o Sporting. Nesse período sentiu-se claramente o efeito psicológico do golo no jogo, desequilibrando os níveis de confiança e ansiedade dos jogadores, com o Sporting a acusar claramente a situação, para mais num ambiente adverso. O 2-0 era bem mais provável que o 1-1 nesta altura, pela perigozidade das transições do Vitória. O futebol no entanto, teria outra história para contar.

- O 1-1 surgiu da única forma possível. De bola parada. É curioso porque, sem ter alterado estratégias, esse golo teve um efeito mental enorme no jogo, invertendo de novo os níveis de confiança e crença. O Sporting apelou aí a toda a alma que a sua equipa inegavelmente tem e resgatou um golo que tem uma dupla de heróis mas que é também a prova da fragilidade defensiva e mental deste Vitória que deixou escapar um jogo depois de ter conseguido o mais difícil.


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O "frango", tipo tradicional

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17.4.09

Taça Uefa - O fantástico 3-3 e as meias finais

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No inicio desta eliminatória tinha falado da supresa pelas presenças de Marselha, PSG e Man City, antecipando uma provável sensação ucraniana na prova. Confirmou-se a eliminação destas 3 equipas, uma consequência, em muito boa parte, da concentração que todas depositam nas suas competições internas. Confirma-se também um finalista ucraniano que, aliás, até poderiam facilmente ser 2 caso Kiev e Shakhtar não se cruzassem já.

Já tinha confessado também algum desapontamento pela performance da Udinese na primeira mão da eliminatória, sobretudo no que respeita à eficácia. Os italianos acabaram por pagar cara essa factura e nem o bom esforço protagonizado no segundo jogo valeu para compensar a desvantagem trazida da Alemanha. Este foi, de resto, um jogo altamente emocionante com menos golos mas com bem oportunidades do que o tão elogiado 4-4 de Terça Feira. Na Udinese, na ausência de Di Natale, destacou-se o espectacular Quagliarella, num jogo que teve apenas o esboço de um promissor e talentoso Alexis Sanchez. No Bremen, fantástico Diego que, exagerando, pode dizer-se que qualificou sozinho a sua equipa. De resto, os alemães confirmaram a sua assumida vocação ofensiva, bem expressa no contraste entre a incapacidade para controlar minimamente o adversário e o notório poderio no último terço, responsável por 6 golos em 2 jogos. Terá sido seguramente um dos jogos do ano nas competições europeias.

Meias finais
Os duelos podem favorecer Bremen e Dinamo. A razão para isto é a menor preocupação com as competições domésticas, já que ambas as equipas têm a sua classificação praticamente definida. Ao contrário, Hamburgo está envolvido na acesa luta pelo título e acesso directo à Champions, ao passo que o Shakhtar, fruto de uma péssima campanha interna, ainda terá de garantir o segundo lugar. Ainda assim, se pedirem um prognóstico, arriscaria Bremen e Shakhtar na final, com uma meia final com muitos golos entre os alemães.
Uma coisa é certa, a Taça Uefa pode não ser a competição mais mediática pelo afastamento dos grandes emblemas europeus, mas é uma competição extremamente interessante, com o equilíbrio e imprevisibilidade a serem muito mais vincados do que na Champions
.

Dinamo Kiev 3-0 PSG
Marselha 1-2 Shakhtar
Man City 2-1 Hamburgo

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Não era nada fácil, convenhamos...

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16.4.09

Porto - Man Utd: sonho desfeito...

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Entrada determinante... de novo – Tal como em Old Trafford, o inicio do jogo foi fundamental para o que a seguir se passou. Há uma semana o Porto havia contado com uma atitude displicente do United, surpreendendo com uma excelente exibição que partiu desse efeito surpresa, altamente potenciado pelo efeito mental que teve o golo madrugador de Rodriguez nas duas equipas. Desta vez o cenário foi totalmente inverso e, assim, se começou a dar a reviravolta na eliminatória. Um United mais determinado e concentrado desde o primeiro apito, conseguindo potenciar a sua intenção na abordagem ao jogo pelo efeito mental que teve o momento de inspiração de Ronaldo. Sobre esse pontapé, dizer que terá sido provavelmente o golo do ano se juntarmos a excelência à sua importância, que é impensável atribuir responsabilidades defensivas num pontapé daquela zona e, finalmente, que apesar da boa entrada do United o Porto não tinha perdido o controlo do jogo ao ponto de se poder prever um golo naquela altura.

Exibição possível – Não consigo ser muito critico em relação ao jogo que o Porto fez, tendo sobretudo em conta 3 factores. A inversão súbita da eliminatória, alterando por completo o plano de jogo, A lesão de um jogador tão fundamental como Lucho e, claro, a qualidade deste adversário que nunca seria, para ninguém, fácil de ultrapassar depois de estar em vantagem.
A primeira parte foi muito difícil e quase completamente dominada pelo United que até podia ter chegado ao 0-2 em algumas, poucas mas muito boas, ocasiões. Aí, destaque para as dificuldades do pressing portista, claramente afectado por 2 momentos fundamentais nos primeiros 45 minutos. Primeiro, o tal golo de Ronaldo e depois, na melhor fase portista do período, a lesão de Lucho. A reacção a esses momentos foi má, a equipa perdeu concentração e intensidade na forma como pressionou e permitiu que o United controlasse perfeitamente o jogo, fazendo apelo a bons períodos de posse de bola. No segundo tempo, o Porto esteve melhor, tendo a complicada tarefa de tentar o empate mas sem nunca perder o controlo do adversário, devido ao risco que representava um segundo golo. O Porto fê-lo bem essencialmente porque impediu o United de ter bola, pressionando bem e mantendo sempre o jogo no campo oposto, e, por outro lado, sendo inteligente na forma como conduziu a sua organização ofensiva, com a equipa a tirar partido de um posicionamento muitas vezes inútil de Berbatov em termos defensivos. Numa fase em que se assumiu em 4-4-2, ao Porto faltou depois inspiração na fase final do terreno para conseguir inverter de novo o sentido da eliminatória.

Substituições – Creio que não foram nada benéficas para o Porto. Primeiro substituir Lucho não era fácil e, como se provou, Mariano atravessa um óptimo momento pelo que se justificava o seu aproveitamento. O problema foi que em termos tácticos Mariano está longe de ter as mesmas características que Lucho e isso abalou a equipa. A solução deveria ter provavelmente passado pela colocação do argentino, mais cedo, sobre a ala, onde de facto desequilibrou. Mas aquela que me faz realmente criar um parágrafo para o tema é a segunda. É um clássico dos treinadores colocarem um ponta de lança quando têm de marcar, o problema é que muitas vezes (talvez a maioria), essa é uma mexida prejudicial para a própria equipa. Ao trocar Farias por Rodriguez, o Porto ganhou um jogador de área mas perdeu um extremo desequilibrador e muito forte nas zonas de finalização e ainda retirou margem de utilidade a Lisandro cuja mobilidade ficou condicionada pela ocupação em permanência do espaço central. Farías era uma arma a utilizar, sim, mas não a qualquer preço.

Individualidades – Primeiro destaque para Hulk, porque muito dele se esperava e, de novo, porque foi uma desilusão. Claramente a sua fama criou-lhe ansiedade e isso sentiu-se, tal como em Old Trafford, a cada posse de bola. Claramente, deverá aprender com a experiência se quiser evoluir. De resto, as performances individuais portistas confirmam a ideia de um jogo globalmente positivo, pecando na inspiração no último terço, onde para além de Hulk, não houve ninguém em “noite sim”. Cissokho, Fernando e Mariano terão sido os principais destaques pela positiva. No United, o jogo é de Ronaldo pela obra prima que decidiu a eliminatória, mas o melhor em termos de regularidade foi Rooney, contrastando com a apatia de Berbatov. Nota ainda para a utilidade de Anderson e para o efeito de Nani no jogo, dando grande qualidade à gestão da posse de bola e ajudando a congelar definitivamente as aspirações portistas. A sua entrada justificava-se muito antes...



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Cesc & Theo!

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15.4.09

Chelsea - Liverpool: atípica festa do golo

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Tinha falado da maior propensão do Chelsea de Hiddink para os golos em jogos deste calibre, mas naturalmente estaria longe de prever um cenário como aquele que se assistiu em Stamford Bridge. Um 4-4 é tudo o que os adeptos em geral desejam ver e, a este nível, é de facto um desfecho raro. É por isso que este jogo ficará na memória de quem o viu, não pela excelência do futebol, mas, essencialmente, pela chuva de golos e pela incerteza por eles provocado.

Um resultado deste género só se pode explicar pelo lado emocional e pela perda do controlo que ambas as equipas tiveram neste aspecto em vários momentos do jogo. O lado emocional é, de resto, quase a única variante que explica as variações que se assistiram no jogo, com os golos a terem um efeito altamente relevante no comportamento dos jogadores nos minutos seguintes. Primeiro, o golo inaugural, num erro lamentável de Cech, não só pela forma como abordou o cruzamento mas pela deficiente orientação dada ao homem que está a fazer oposição à cobrança de Fábio Aurélio. Esse golo fez o Liverpool acreditar e tornou Cech num elemento altamente intranquilo na partida. O Chelsea encolheu-se e só por muito pouco não acabou em desvantagem na eliminatória no primeiro tempo. Depois, numa segunda parte potencialmente mais equilibrada, criou-se novo desequilíbrio emocional mas no sentido oposto. O golo de Drogba deu ao jogo um cenário oposto, com o Chelsea, agora sim, a controlar devidamente o jogo, mais agressivo a reagir e a pressionar e mais incisivo nos momentos de transição perante um Liverpool incapaz de se impor no jogo. Daí a reviravolta. Depois da oscilação emocional entre a primeira e segundas partes, veio a loucura total nos minutos finais do jogo, com o Liverpool a ganhar nova vantagem com 2 golos consecutivos. O jogo ficou completamente aberto e imprevisível e foi o Chelsea quem, tal como em Anfield acabou por ser mais feliz. Podia muito bem ter acontecido ao contrário...

O novo Chelsea
Este jogo pode ter sido sensacional para quem assistiu mas do ponto de vista do Chelsea terá sido um sofrimento no mínimo dispensável. É certo que o Liverpool teve um excelente comportamento e que tem uma grande equipa, mas a este nível exige-se mais consistência, mais rigor e maior controlo táctico e emocional. Uma coisa é sofrer 4 golos num jogo em que se é obrigado a arriscar, outra é poder sofrer 2 golos e ser-se tão permeável. A este nível, diria, é um mau pronuncio.

Tacticamente o Chelsea não difere muito dos anteriores, havendo algumas nuances relevantes como o papel de Lampard, claramente mais próximo de Drogba, deixando Ballack para um posicionamento muitas vezes quase a par de Essien. O que se percebe é que esta equipa não tem um grande nível de concentração defensiva e que está muito mais vulnerável ao erro do que no passado. Por outro lado, o seu bloco defensivo parece muitas vezes permeável, demorando a reagir tacticamente e permitindo que a bola chegue com anormal facilidade às zonas de finalização.

Tudo isto poderá ser um indicador francamente negativo para a meia final com o Barcelona. Contra o Barça a consistência defensiva é fundamental perante uma equipa que apresenta tanta dinâmica em posse. O Chelsea pode ter capacidade mais do que suficiente para fazer golos aos catalães e até tem uma grande vantagem nas bolas paradas, mas será praticamente impossível pensar em vencer a eliminatória com tanta incapacidade para controlar o jogo, quer táctica, quer emocionalmente.



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O "estilo Barça"

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14.4.09

Antevisão Champions...

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Man Utd 64 (40%)
Barcelona 63 (39%)
Liverpool 29 (18%)
Chelsea 4 (2%)


Foram estas as respostas à pergunta “Qual destes clubes é o mais forte candidato a vencer a Champions?” e parto delas como ponto de partida para a antevisão das decisões da Champions que definirão nos próximos dias os 4 semi finalistas da prova.


Convém lembrar que a votação terminou antes da primeira mão dos quartos de final, só assim sendo possível que o Liverpool apareça mais votado do que o Chelsea. De resto, a mim parece-me claro que a questão se divide entre Ingleses e o resto. Ou seja, os ingleses têm sem dúvida as equipas mais fortes do futebol de topo europeu, sendo que a questão será saber se haverá alguma equipa capaz de se superiorizar a esse domínio. Neste aspecto, a votação é clara e corresponde, estou certo, à opinião da maioria. A equipa inglesa mais forte é o Man Utd e o mais forte candidato para bater a superioridade inglesa é o Barcelona. Tudo isto, claro, ficou um pouco mais condicionado pelos acontecimentos da primeira mão. Vamos por partes:

Chelsea – Liverpool – Tudo indica que o Liverpool será eliminado, sendo o 1-3 demasiado pesado para um embate de tanto equilibrio. Em futebol tudo é possível, já se sabe, mas parece-me pouco provável. Se sair daqui o Chelsea, como tudo indica, teremos provavelmente um concorrente particularmente incómodo para o Barcelona. O Chelsea é uma equipa experimentada e muito conhecida nestas andanças. A presença de Hiddink torna tudo um pouco mais complicado. Há sempre uma incerteza de como e por onde a equipa poderá evoluir nesta ponta final de época, sendo que a filosofia do holandês é muito diferente dos mais recentes treinadores dos ‘blues’. Para já, o jogo de Anfield, pode dizer-se, saiu melhor que a encomenda ao Seleccionador russo. As bolas paradas foram a chave de um jogo equilibrado e que poderia ter caído para qualquer lado. O Chelsea de Hiddink parece ter uma forma diferente de abordar estes jogos de grande pressão. Será um dado a confirmar, mas com o holandês o jogo parece ter maior propensão a oportunidades de golo, algo que rareou em tantos encontros recentes a este nível.

Bayern – Barcelona – Com eliminatória resolvida, o Barça pensa já nos próximos embates. Não é novidade a excelência do futebol do Barça que será do ponto de vista técnico e ofensivo, de longe, a melhor equipa da Europa na actualidade. O Barça pode esmagar qualquer um numa noite “sim”, mas sobre esta equipa tenho ainda 2 incógnitas. A primeira tem a ver com a sua fiabilidade defensiva, destacando-se a facilidade com que sofre golos, particularmente de bola parada. A outra tem a ver com a incerteza sobre qual a real capacidade dos britânicos para neutralizar o futebol do Barça. O ano passado, por exemplo, o Barça teve muita bola contra o Man Utd, mas poucas oportunidades conseguiu em 180 minutos, acabando por ser eliminado sem ter marcado 1 golo. Se o Barça for capaz de responder à altura perante um jogo mais especulativo e táctico, então terá sem dúvida o maior dos favoritismos nesta fase.

Arsenal – Villareal – Depois do empate fora, suspeito que o Arsenal não deixará fugir a qualificação em casa onde o seu futebol ofensivo é bem mais forte. Ganhando Fabregas e Adebayor este Arsenal volta a ser temível, tal como no ano passado. Não tem a consistência dos seus rivais internos mas já se provou por várias vezes que os pode vencer sem que isso seja um escândalo. Para os adeptos de um jogo mais atractivo seria bom que se confirmasse essa passagem.

Porto – Man Utd – O brilharete do Porto pôs toda a gente a coçar a cabeça. Será que o Man Utd vai mesmo ficar de fora? Um previsão não é muito mais do que mera especulação, dado que tudo se decide nos pormenores de 1 só jogo. O Porto tem o factor casa e o resultado a seu favor, mas sabe que o Man Utd não terá a mesma atitude. Um golo pode rapidamente inverter o cenário e daí se poder esperar um jogo altamente táctico. Se o United passar, teremos de novo um candidato que não poderá ser colocado num plano inferior a nenhuma equipa. Se for o Porto, está criado um embaraço a todos os gigantes que ainda restam na competição. A exibição de Old Trafford, no entanto, faz com que nada seja como dantes para o Porto. Agora não haverá jogos encarados como um “bom sorteio” e o Porto terá de se deparar com adversários menos vulneráveis ao efeito surpresa. Puxar dos galões será, mais do que nunca, o único caminho.


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Showboat, um aperitivo para a Champions

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13.4.09

Alan & Macheda: Um toque que diz muito

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Haverá poucos pormenores no futebol que definem tanto a qualidade de um jogador com o seu primeiro toque. Se um jogador for capaz de não só receber bem, mas sobretudo transformar a recepção numa preparação do seguimento que quer dar à jogada, dificilmente será um mau jogador e se não for capaz de o fazer será igualmente complicado tornar-se num fora de série, sobretudo, claro, se jogar em posições mais avançadas.

Vem tudo isto a propósito de 2 golos decisivos de 2 jovens desconhecidos em 2 partes distintas do planeta. Primeiro Alan, um franzino avançado do Fluminense que entrou no clássico frente ao Botafogo, quando a situação estava muito complicada para as suas cores. O ‘Flu’ perdia por 1-0 e jogava com 10. Eis que num lance aparentemente vulgar, Alan recebe um passe com um defensor pelas costas e numa zona lateral da área. Havia muito para fazer, dir-se-ia, mas Alan resolveu com pouco. Um toque inteligente e calibrado tornou repentinamente a situação numa ocasião flagrante e a bola entrou mesmo. Empate feito, dado o mote para a improvável reviravolta que aconteceria pouco depois. Alguns dias mais tarde, noutro grande palco, Macheda entra para tentar o impossível. Saltar do anonimato quase completo para o papel de herói do clube mais popular do mundo. Mais uma vez, havia muito para fazer quando aquele passe lhe foi feito, mas 1 toque tornou tudo muito mais simples e sonho foi real. Não sei o que será dos 2, mas aquele toque diz muito e a verdade é que já voltaram a marcar.

- Golo de Alan vs. Botafogo
- Golo de Macheda vs. Aston Villa


No que respeita jogadores célebres, há vários que ficaram conhecidos por momentos em que o seu primeiro toque foi deslumbrante. À memória virão seguramente os golos de Bergkamp, particularmente aquele frente à Argentina, mas em matéria de primeiro toque não haverá jogador como Zidane. É curioso ver a noção que o próprio tem da importância daquele primeiro toque que dominava tão bem. Receber bem, ou mesmo na perfeição, muitos são capazes, mas poucos são capazes de acrescentar a essa habilidade tanta inteligência.

Nota: ao contrário do que é hábito hoje não faço qualquer análise aos jogos do fim de semana. Por estar de férias, acompanhei os jogos mas não com o detalhe habitual e por isso não vou avançar com análises aos mesmos. Fica o controlo...


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Zarate!

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10.4.09

Taça Uefa: Notas da 1ª mão dos quartos

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Shakhtar 2-0 Marselha - Tinha feito a previsão de uma surpresa ucraniana e a hipótese vai ganhando forma. Em Donetsk, o Shakhtar foi feliz mas creio que acabou por vir ao de cima 3 factores importantes. A qualidade individual já realçada nos embates com o Sporting, o relevante factor casa e, finalmente, a tal importância dada à prova por parte dos ucranianos, em relação a um Marselha envolvido numa luta pelo título que lhe diz, pelo menos para já, muito mais.

PSG - Dínamo Kiev – No outro jogo entre ucranianos e franceses, também um bom resultado para o Dínamo em Paris embora o nulo possa, como já se provou, ser um presente envenenado para a segunda mão. Este novo nulo caseiro do PSG traz à memória a caminhada do Rangers no ano anterior, tirando partido da ansiedade do adversário com o passar do tempo na segunda mão. Qualquer semelhança entre esse Rangers e este PSG é, no entanto, pouco mais do que coincidência. Ainda assim, novo favoritismo Ucraniano para esta eliminatória, pelos mesmos motivos que enunciei para o Shakhtar – Marselha.

Werder Bremen 3-1 Udinese – Dois resultados idênticos para os alemães ainda em prova. Mais surpreendente para mim o do Bremen, devido à boa qualidade da Udinese que tinha tudo para marcar mais golos nesta primeira mão. A Udinese é a última esperança do futebol Italiano para ter 1 equipa nos últimos 8 das provas europeias e é também uma desilusão da Serie A, apesar da qualidade que se lhe reconhece. A eliminatória não está terminada e vai haver uma reacção forte em Udine seguramente, mas aqueles 2 golos consecutivos (o de Diego vale a pena ver) e as oportunidades desperdiçadas por Quagliarella poderão ter sido decisivos.

Hamburgo 3-1 Man City – Em Hamburgo, o jogo começou com uma fantástica combinação entre Ireland e Robinho (notável controlo e definição da jogada), mas seria muito dificil o City escapar de uma derrota neste jogo. O Hamburgo será provavelmente o mais sério candidato à bundesliga e terá tido no Galatasaray um opositor bem mais difícil do que o City. A equipa inglesa não tem no colectivo a mesma qualidade individual e, sobretudo, está muito mais concentrada na sua prestação interna. A sua falta de consistência foi “denunciada” na segunda mão frente ao Alborg. Em casa tudo é ainda possível, mas prevejo que Olic (grande jogo!) e Guerrero possam ser suficientes para marcar golos decisivos na segunda mão.


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O outro Diego...

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9.4.09

Barcelona - Bayern: Vendaval de qualidade

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Se a Champions fosse uma prova de apreciação artística, seguramente que a prova podia acabar já porque o título estaria mais do que entregue ao Barcelona. Como nem esta prova, nem o futebol são tão simples, o Barça terá de enfrentar todos os adversários que o destino ditar e, a cada um deles, voltar a provar que o seu futebol é capaz não só de dominar o adversário, mas sobretudo de o vencer. Aí esta competição está muito longe de estar acabada, mesmo depois de vermos uma eliminatória a este nível ser resolvida em menos de 45 minutos.

Quer sem bola, através de um pressing ofuscante, quer com ela, através de uma dinâmica colectiva impressionante, o futebol do Barça é verdadeiramente electrizante. Foi assim desde o inicio e o problema do Bayern foi não perceber a importância crucial de manter sempre, mas sempre, uma equipa equilibrada para poder responder às investidas catalãs. O Bayern tem no seu elenco qualidade suficiente para ameaçar ofensivamente o Barcelona, mas precisava, primeiro, de ser capaz de resistir defensivamente. Dar tanto espaço entre linhas e permitir que tantas vezes possa haver situações de 1x1 nas alas com jogadores como Messi e Henry é absolutamente imperdoável para quem chega a este nível e contra este adversário. Não posso deixar de recordar, por exemplo, a importância dada pelo Porto na noite anterior ao apoio dos médios aos laterais e ao rigor posicional do pivot defensivo. Por isso digo tantas vezes que em Portugal as equipas são muito bem orientadas tacticamente, apesar de não terem, nem de perto nem de longe, a mesma qualidade individual destes gigantes.

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Liverpool - Chelsea: Surpreendente

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Graças à decisão da Sporttv de não repetir nenhum dos 2 jogos na mesma noite em algum dos seus 3 canais, tive de escolher um e optei pelo de Barcelona, por ser aquele que tinha mais probabilidades de ser decidido no “primeiro round”. Posso, por isso, apenas referir a minha surpresa em relação ao curso que levou este jogo, com muitos erros, muitas ocasiões e um desfecho que, ao contrário do previsto, deixa as coisas bastantes sentenciadas no que respeita à eliminatória. Para além disto, destaco apenas a importância das bolas paradas na definição do jogo. O Chelsea de Hiddink é seguramente um caso a rever e para isso não faltarão oportunidades.

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Gallardo e Lodeiro: pontaria para... o 0-0!

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8.4.09

Man Utd - Porto: Uma histórica prova de competência

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Meio pé – Porque as comparações são agora inevitáveis, começo por dizer que é hoje mais dificil ser campeão europeu do que em 2004 e que o Porto de então não enfrentou na fase a eliminar nenhuma equipa com a qualidade deste Man Utd. Este é, obviamente, um enorme elogio para o Porto actual e para aquilo que fez em Old Trafford. Embora os ingleses se esforcem por negar, a preparação deste jogo e o grau de dificuldade a ele atribuído nunca foi o correcto para uma equipa com a qualidade do Porto actual (a forma como a disposição táctica inicial foi alterada é prova disso mesmo). Entre todas as desvantagens que tinha para esta eliminatória, o Porto tinha no factor surpresa um ponto a explorar. Fê-lo bem, impondo-se desde cedo e obrigando o adversário a reagir. No final fica uma exibição histórica, um resultado que terá sido provavelmente o mais justo e, mais importante, uma perspectiva muito positiva para uma segunda mão que, no entanto, terá um United de abordagem inicial seguramente diferente.

1ª Parte – É incontornável a importância do primeiro golo. Entrar a ganhar foi fantástico do ponto de vista mental. Este era um jogo onde havia um risco em relação à pressão que os jogadores sentiriam, pela importância do momento e pelo simbolismo do palco em que actuavam. O golo foi uma injecção de confiança e crença nos jogadores do Porto, que teve um efeito contrário do outro lado. Isso sentiu-se claramente pelo desnorte do United e o enorme acerto técnico e táctico dos portistas nos minutos que se seguiram. O Manchester teve muitas dificuldades em ultrapassar o bloco portista, extraordinariamente organizado, concentrado e solidário, numa demonstração daquilo que é um comportamento zonal praticamente perfeito, onde o espaço entre os jogadores é curto e há muito pouca margem para desequilíbrios individuais. O Porto saiu depois muito bem em transição, construindo boas jogadas que, com um pouco de felicidade, até poderiam ter dobrado a vantagem. Tudo isto antes e depois do golo do empate, uma imprudência de Bruno Alves que tem, também, enorme mérito de Rooney. Se se reparar, o posicionamento do inglês é totalmente intencional, correndo para aquela zona, numa antecipação do erro de Bruno Alves, perante a pressão que lhe era exercida.

2ªParte – A segunda parte foi diferente. Mais risco por parte do United e mais dificuldades defensivas, ainda que apenas a espaços, do Porto. Neste período sentiu-se sempre que o golo era possível, quer pela forma como o United se aproximou da área de Helton, quer pela forma como o Porto colocava 4 e 5 jogadores em transição. Na verdade, creio que o Porto terá sido vitima de alguma desinspiração nesse momento de transição ofensiva na segunda parte, não tirando o devido partido das condições que teve para o protagonizar. Uns dos destaques evidentes foi Hulk que, sobretudo nesta etapa, esteve muito infeliz na definição dos seus lances. O United foi, ao contrário da primeira parte, mais perigoso e acabou por chegar à vantagem quando já tal não parecia possível, num golo novamente muito consentido. Valeu um último folego para dar justiça a um marcador que, claramente, não merecia ter o Porto como derrotado.

Individualidades – à excepção de um erro de Bruno Alves e uma má segunda parte de Hulk, foi uma exibição globalmente excelente, com as individualidades a tirarem partido dos méritos do colectivo. Falou-se muito em Fernando que cumpriu de forma soberba um papel altamente relevante do ponto de vista táctico. Não retirando mérito à individualidade, a sua exibição é também o reflexo do triunfo táctico do Porto no jogo, já que se há posição essencialmente táctica é a de Fernando. Houve ainda a desinibição do novato Cissokho, assim como o decisivo e trabalhador Rodriguez, o inconformado Lisandro ou mesmo Helton que, desta vez, não fraquejou minimamente, tendo estado a grande altura em alguns lances. A mim, no entanto, se me perguntarem, elejo Lucho como o melhor em campo. “El Comandante” foi o jogador que mais espelhou a amplitude da exibição portista. Inteligente e concentrado tacticamente, ocupando sempre muito bem os espaços e, depois, sendo competente e arrojado ofensivamente. Lucho esteve em várias jogadas ofensivas, mas fica ligado aos 2 golos. No primeiro, pelo roubo de bola que inicia a jogada e, no segundo, pode não ser evidente, mas é Lucho quem faz toda a diferença. A sua chegada à zona de finalização cria a superioridade numérica que o United não soube colmatar e é por causa desse movimento que Neville vem ao meio, libertando Mariano nas suas costas.

Jesualdo – Há ainda quem viva preso a ideias préconcebidas e não queira ou não saiba reconhecer, mas o principal mérito deste Porto vai, sem qualquer favor, para Jesualdo Ferreira. O seu trabalho no Porto tem sido excelente, mesmo antes desta temporada. A equipa é organizada e potencia as suas individualidades por mérito do trabalho do treinador que conseguiu este ano, dar sequência na fase a eliminar às excelentes fases de grupos que sempre protagonizou. Diz-se que no Porto qualquer um tem sucesso, mas eu vejo as coisas um pouco ao contrário. Independentemente da importância da boa organização que tem o futebol do clube e que já vem de há muito, o segredo do sucesso está sobretudo em saber identificar a qualidade na escolha dos recursos humanos. A principal prova disso mesmo é que quando essa escolha não foi bem feita, o Porto também não ganhou.



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Adebayor: O melhor golo da Champions 2009?

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7.4.09

4x Meireles

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O vídeo surge como reforço do que referi ontem sobre a exibição de Meireles. Sobre a utilidade do médio, a sua qualidade técnica e a sua inteligência de movimentos não há dúvidas, porque tais ideias são confirmadas de há décadas a esta parte, fazendo de Meireles um dos médios mais conceituados do futebol nacional. A particularidade da sua exibição em Guimarães tem a ver com a maior importância que lhe foi dada na fase criativa, dada a ausência de Lucho. Meireles respondeu a grande altura e mostrou que a sua utilidade táctica como “contra peso” para a liberdade ofensiva dada a “El Comandante” acaba por esconder uma vertente criativa que normalmente aparece de forma muito mais espaçada. Dos 4 lances (do vídeo, porque houve mais) em que intervém com grande qualidade, destaca-se claramente o passe para Farias pouco antes do golo do empate. Um dos melhores que esta liga já viu.
Meireles tem crescido muito nos últimos anos, destacando-se a forma como lê o jogo, quer pela rapidez com que decide, quer pela forma como se movimenta sem bola. Sobre Meireles lembro-me ainda do papel que lhe foi dado por Adriaanse onde tinha ordem para abordar as zonas de finalização. Esta é uma vocação rara nos médios portugueses mas cada vez mais valorizada e importante no futebol moderno. Essa vertente não tem sido tão potenciada com Jesualdo, numa conseqüência lógica de um modelo de 3 médios mais especialistas do que generalistas.

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A humilhação de Grafite e outros destaques...

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- Em Inglaterra, a corrida pelo título parece ser disputada literalmente nos últimos minutos. United e Liverpool ganharam ao soar do gongo (em Old Trafford, apareceu uma nova estrela).
- Mais confortavelmente, o Chelsea passou em Newcastle, na estreia de Shearer.
- Em Espanha, 0-1 para Real Madrid e Barcelona (ver golo de Higuain).
- Desastre no Calderon aos pés do Osasuna (atenção ao Masoud).
- O jogo da vida de Pelissier pode ter ditado o fim real da luta pelo título em Itália, até porque o Inter voltou a ser mais eficaz que brilhante.
- Nos últimos minutos ganhou o Milan. A vitória foi confirmada por Inzaghi depois de pormenor de 'Dinho'.
- Em França a luta continua animada. Marselha foi categórico, tal como o Lyon, que recuperou a veia goleadora de Benzema.
- Grandes golos de Amalfitano (Lorient) e Chamakh (Bordéus).
- Não havia melhor forma para afirmar a candidatura. 5 do Wofsburgo ao Bayern!
- Grande solo de Raffael.
- Na Holanda, continua a fantástica caminhada do AZ.
- Na Argentina, Sand marcou 4, num jogo em que se mostrou, de novo, Salvio. O Lanus será talvez a melhor equipa argentina da actualidade.
- Nota para o tiro de Johansson (Hammarby), as bicicletas de Baros (Galatasaray) e Frousos (Anorthosis), o trabalho de Zyryanov (Zenit), o golo de Sérgio Conceição (PAOK) e, por cá, a espectacular definição de Fary (Beira Mar).

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6.4.09

Estrela – Benfica: Como ganhar pode ser tão fácil...

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Marcar e... mais nada – O futebol é verdadeiramente irónico e, em certo sentido, cruel. Tantas vezes vemos equipas que tudo fazem para marcar, sem nunca conseguir um golo e, desta vez, vimos um Benfica sem 1 ocasião chegar a um 0-2 que lhe deu grande vantagem no jogo. De resto, a vitória do Benfica fica sobretudo explicada por esses 2 lances, já que tudo o resto foi demasiado pobre para poder, sequer, ser destacado.

O que se exigia – Convém dizer que não se exigia que o Benfica forçasse o jogo ou corresse riscos, estando em vantagem. O que se exige é que a equipa seja capaz de fazer 1 de 2 coisas neste tipo de situações. Ou ser capaz de controlar o jogo mais longe da sua área, ou então ter capacidade para explorar a profundidade, tirando partido do espaço que o Estrela desse nas suas costas. Ora, o que acontece é que o Benfica se limitou – como já havia feito na Figueira da Foz – a remeter-se a bloco baixo, onde é forte e organizado, mas onde corre também demasiados riscos pela proximidade com que a bola ronda a sua baliza. Este era um jogo em que se antecipava um duelo físico muito acentuado, com as primeiras e segundas bolas aéreas a definirem muito do balanceamento do jogo. O Benfica até se deu com esse lado mais físico de um jogo em campo de dimensões reduzidas. O pior, por paradoxal que pareça, foi quando foi preciso dar algo mais ao jogo.

Sem Suazo – O porquê de Quique ter pedido tanto um jogador com mais capacidade de dar profundidade ao jogo, explica-se neste (e noutros) jogo. A sua estratégia para os jogos fora passa preferencialmente por aceitar um bloco mais baixo, apelando depois aos momentos de transição para dar profundidade. Isto, sobretudo, quando se apanha a vencer. Sem Suazo, já se percebeu que a equipa raramente consegue dar profundidade ao seu jogo, limitando-se a sofrer defensivamente. Frente ao Estrela esta situação foi ainda mais evidente pela ausência, também, de Reyes. Uma solução potencial poderá passar pela inclusão de Di Maria como uma das 2 unidades da frente. Quique terá de encontrar a resposta que, nesta altura da época, já não deverá passar por algo mais que uma ou outra opção individual.


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Leixões – Sporting: Como ajuda estar a ganhar!

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Frente a uma das equipas mais “chatas” da liga e com uma série de ausências muito importantes, sobretudo num sector onde não abundam soluções de qualidade no plantel, o Sporting tinha um teste muito complicado em Matosinhos. O balanço é, no final, francamente positivo. Pela vitória, obviamente, mas também pela segurança com que geriu o jogo, conseguindo inclusive alguns períodos de muito boa qualidade.

O efeito do golo – O Sporting marcou cedo, mas a sua vantagem no jogo só foi justificada pelo que fez depois de a conseguir. A entrada em jogo foi melhor do Leixões, com grande agressividade nas disputas a meio campo e com o Sporting a demorar muito tempo a definir linhas de passe, permitindo sempre que o Leixões pudesse interferir nas jogadas. O golo de Derlei, no entanto, tudo mudou. Talvez pelo efeito psicológico do golo, talvez pela própria adaptação dos ‘leões’ à partida, o Sporting passou a partir desse momento a dominar por completo o jogo, realizando uma primeira parte confortável e de muita qualidade. Destaque para oscilação entre uma posse mais apoiada, com aberturas longas e inteligentes que repetidamente tiraram partido do espaço nas costas de Angulo. O Sporting chegou várias vezes em situação privilegiada à área, sempre pelas laterais, e só uma má definição individual do último passe permitiu que a equipa não tivesse traduzido em ocasiões mais flagrantes a sua superioridade nesse período.

Segunda parte – Se na primeira parte, o golo dividiu períodos marcadamente distintos, na segunda, embora não tão claramente, houve novo acontecimento que deu ao Sporting maior conforto no jogo, após uma entrada novamente forte do Leixões. Desta vez foi Mota a ajudar, introduzindo Rodrigo Silva e retirando ligação ao seu jogo. É um erro comum, em que o treinador parece pensar como adepto e comete um erro táctico pensando que está a tornar a equipa mais ofensiva. O meio campo do Sporting passou, a partir daí, a controlar o jogo no lado contrário do campo e longe da sua baliza. Não o fez com a mesma qualidade da primeira parte, nem com as mesmas jogadas de envolvência, mas foi sempre o Sporting a mandar nesse período, terminando o jogo sem que o Leixões tivesse alguma vez, sequer, ameaçado o empate.


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