10.3.09

Compensar a pressão e a solução Reyes

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Pressionar alto não é para todos
Todos os anos temos equipas sensação, não só em Portugal, mas em qualquer campeonato. O que é bem mais raro é termos equipas capazes de se manterem organizadas, jogando no campo todo. As 2 primeiras jogadas do vídeo são muito semelhantes e explicam o porquê dessa dificuldade. Subir unidades para pressionar zonas mais adiantadas pressupõe, não só uma grande capacidade de ser eficaz na zona que se quer pressionar como, depois, ser capaz de manter um bom equilibrio nas zonas mais recuadas, sendo para isso necessário que haja um comportamento colectivo que compensa as zonas mais vitais. Para o caso, Paços e Leixões podem-se queixar da qualidade do adversário, mas terão também de reflectir sobre a forma como reagem colectivamente. Em particular, este é o motivo pelo qual o crédito que dou ao Leixões não é o mesmo que atribuo ao Braga. A qualidade individual é menor, mas há também diferenças no comportamento colectivo que importa não ignorar.
Sobre estas jogadas, destaco ainda outro aspecto comum. O papel do avançado. A zona central fica, nos 2 casos desguarnecida, sendo que tal acontece pela forma como, Derlei num caso e Farias noutro, atraem a marcação para zonas interiores. No caso do “Ninja”, a jogada permite ainda perder a marcação, finalizando a jogada. No caso do Porto, não há sequência mas mais uma vez fica evidente a percepção de Lucho, iniciando a jogada e atacando depois o espaço aberto pelo “Tecla”.


Reyes, a solução individual
Terá sido a única ocasião do Benfica em jogo corrido e com a participação de mais do que 1 jogador. No caso 2. O enquadramento do lance no jogo, leva a um destaque que se torna evidente no Benfica de Quique. Ou seja, são evidentes as dificuldades da equipa em encontrar soluções de construcção ofensiva, acabando a equipa por protagonizar movimentos pouco naturais, ao apelar à participação de Reyes em momentos bem mais atrasados do que seria suposto. O motivo é simples e o lance explica-o bem. Reyes, apesar de ser um extremo, é o jogador que melhor consegue valorizar a posse de bola, quer pela forma como a protege quer pela qualidade e inteligência com que a entrega.

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