19.1.09

Sporting - Paços Ferreira: Obrigado a golear

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Demasiado fácil – Um jogo atípico para a realidade portuguesa. Normalmente as equipas fecham-se bem e criam invariavelmente dificuldades às ofensivas de qualquer equipa. Este Paços é diferente, assumindo alguns riscos ofensivos e, principalmente, tendo muitas dificuldades em se recompor defensivamente. A primeira parte não foi muito positiva por parte do Sporting, com dificuldades sentidas pela própria atipicidade do 11 apresentado (Vukcevic a avançado, novos laterais, Romagnoli...). Ainda assim, sem grande qualidade ou ritmo, e mesmo sendo feliz na forma como chegou à vantagem, o Sporting criou demasiadas situações de finalização dentro da área na primeira parte, onde qualquer aceleração resultava numa chegada perigosa às imediações da baliza do Paços. Com 1-0 e já em 4-4-2 clássico, a segunda parte ainda trouxe mais facilidades ofensivas para o Sporting. Mesmo com erros defensivos enormes (individuais), mesmo com muitas experiências, mesmo com alguma desinspiração de Liedson na primeira parte, o Sporting fez 5 golos e isso resume as facilidades que sentiu.

Paços – Será provavelmente a pior equipa da Liga no momento. Disse-o no inicio da época, a equipa corrigiu, mas está a voltar ao mesmo. Este é um modelo errado, que não privilegia a segurança defensiva e que aposta mais num jogo de parada e resposta com muito espaço e risco. Com a qualidade do plantel do Paços (perfeitamente ao nível de algumas equipas da Liga Vitalis), só muito dificilmente este perfil de jogo não resultará na despromoção. Ainda há tempo, mas seguramente que ele não aumentará.

Romagnoli – Um recuar até 2007 leva-nos ao melhor Romagnoli do Sporting e ao melhor Sporting de Paulo Bento. O que se passou entretanto? Romagnoli perdeu influencia porque a equipa deixou de privilegiar as suas movimentações laterais. Nessa altura, Romagnoli refugiava-se muito sobre a esquerda onde combinava sublimemente com Nani e Tello (terá também sido o período mais modesto de Moutinho, que jogava como interior direito). Hoje a bola vai muitas vezes para o lado oposto que ele escolhe. É por isso que Romagnoli não tem a mesma influência, não tanto pela quebra individual, mas sobretudo porque a equipa não o chama para o que ele sabe fazer melhor. A consequência pragmática é que Romagnoli não é hoje tão útil e produtivo, acontecendo o que todos já perceberam: a perda de espaço entre as primeiras opções de Paulo Bento.

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