14.8.08

Guimarães - Basileia: Jogo nulo!

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Já aqui tinha deixado a minha visão sobre a débil preparação do plantel vitoriano para uma época que pode ser decisiva para o crescimento desportivo do clube. Visto o jogo da primeira mão da decisiva eliminatória fico com essa ideia reforçada. Os efeitos de um defeso mal preparado ainda não colocaram de parte a hipótese de atingir a qualificação milionária mas ficou a ideia de que este Vitória pode muito pouco mesmo contra um dos mais acessíveis adversários que lhe poderiam sair em sorte. Nesta questão de valias individuais recordo-me de há uns meses Christian Gross, o treinador do Basileia, ter dito que qualquer jogador do Sporting teria lugar no seu plantel. Este não será caso para tanto, mas estou certo que boa parte da equipa do Basileia teria excelentes hipóteses de entrar nas primeiras escolhas caso estivesse do lado oposto.

Vitória: Sem argumentos para tanto respeito
Ainda assim o respeito pelo Vitória marcou muito a estratégia de um Basileia seguramente desconfiado desta equipa que se intrometeu entre os grandes de Portugal. As suas linhas recolheram-se sempre muito, tentando encurtar os espaços no seu meio campo e a sua primeira linha de pressão apenas subia quando identificava oportunidade para tal. Este comportamento foi, durante o primeiro tempo, suficiente para criar muitos problemas a uma posse de bola vimaranense que se evidenciou muito errática e sem grande qualidade para contornar a situação. A variação de flancos foi quase sempre lenta e as combinações sobre as alas (principal recurso em organização) raramente contaram o aparecimento do 10, algo que sucedia com muita frequência no ano passado e que, ao não acontecer, facilitou muito a tarefa do Basileia.

Basileia: Mau aproveitamento do momento de transição
Esta toada de iniciativa, concedida, ao Vitória durou quase toda a partida e resultou numa ausência gritante de situações de golo. Se do lado do Vitória não havia capacidade para contornar o “problema Basileia”, os suíços também não se revelaram muito hábeis no momento de transição. Quando ganhavam a bola – e conseguiram-no fazer com frequência – os suíços não tiveram uma saída astuta em transição, ora solicitando Derdyok em profundidade e demasiado cedo, ora não criando linhas de passe que permitisse tirar rapidamente a bola da zona de pressão. Este aspecto explica a ausência de capacidade ofensiva do Basileia até aos minutos finais da partida e acabou por ser também determinante para o melhor momento do Vitória em que a pressão imediata da equipa permitiu manter sempre a bola muito perto da área contrária.

Por tudo isto, o 0-0 se torna óbvio, deixando tudo em aberto para uma segunda mão que penso poder ser totalmente diferente. É que o Basileia é uma equipa de ataque que gosta de ter bola e subir a sua linha mais recuada. Em sua casa o jogo tenderá a ter golos, restando saber que Vitória vamos ter...

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