31.5.08

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Turquia 2-0 Finlândia
- A saída de Basturk e Halil Altintop veio tornar claro que o jogo contra o Uruguai havia sido também um último teste para estes jogadores, explicando-se assim a sua utilização durante um tempo relevante do encontro. Ainda assim, o encontro com a Finlândia deu para perceber que, independentemente dos artistas há um sistema e modelo base de Terim que, diga-se, me parece ser merecedor de um enorme respeito.

- O sistema será um 4-3-3 (4-1-4-1, para os mais exigentes), com alguma diferença entre o flanco esquerdo e direito. A equipa apresenta alguma assimetria entre o flanco esquerdo e direito – lado mais ofensivo – e tem um meio campo muito povoado, com uma frente de ataque muito móvel e repentista, prometendo ser capaz de surpreender qualquer defesa com a inteligência de movimentação dos seus jogadores.

- Em relação ao último jogo, Sabri Sarioglu redeu Hamit Altintop na lateral direita, passando este para o meio campo, como interior direito. Na defesa, Servet Ceti rendeu Emre Asik, e no meio campo Mehmet Aurelio foi o pivot em vez de Topal. Estas duas alterações são aquelas que menos diferença trazem ao modelo, destacando-se o papel meramente posicional de Aurelio, servindo de mero apoio recuado nas acções ofensivas (tal como acontecera com Topal). Finalmente, nas alas, Tuncay rendeu Arda Turan (que havia estado muito bem), introduzindo talvez mais maturidade mas não alterando a característica da função. Do outro lado, grande diferença entre Kazim Kazim, mais estático, e o surpreendente Mevlut Erding (atenção a este jogador). O onze titular deverá ser aquele agora apresentado.

- Ofensivamente a equipa tem alguns movimentos muito perigosos. A progressão em apoio não é muito feliz, sendo possível causar o erro, mas a equipa faz com frequência apelo a passes de rotura de Emre, normalmente a solicitar Erding nas costas do lateral, ou as entradas no limite do fora de jogo de Nihat que, de um momento para o outro, fica na cara do guarda redes. Outro movimento perigoso é a viragem de flanco da esquerda para a direita (onde Sabri Sarioglu está permanentemente aberto), partindo depois para cruzamentos que tiram partido das diagonais dos extremos. Particularmente de Tuncay que aparece muito bem na antecipação aos centrais.

- Defensivamente, e podendo parecer um contra-senso dada a maior propensão ofensiva do flanco direito, parece-me que é pela esquerda que se poderão conseguir mais desequilíbrios. É que Hakan Balta é um jogador mais pesado do que Sabri Sarioglu e que não conta com o apoio do dinâmico Altintop, tendo em Emre um auxílio nem sempre lesto e nem sempre agressivo. De resto, como disse, é possível causar perdas de bola por alguma indefinição na construção e, importante, os defensores (e guarda redes) turcos não são conhecidos pela sua concentração ao longo de 90 minutos.

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