30.11.06

O "derby" da pressão

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Nos dizeres do senso comum, ganha o “derby” quem estiver pior... Ainda assim serão poucos aqueles que, em jeito de antevisão, o arriscam prever. Neste primeiro “derby” (oficial) da época os papeis são claros: um Sporting duplamente favorito – joga em casa e está melhor – e um Benfica que, como é unanimemnte reconhecido, arrisca o “tapete” no campeonato em caso de derrota...

Não bastasse a delicadeza da partida, o Benfica viu-se ainda privado do seu mais apreciado elemento: o ‘piccolo’ Miccoli. A ausência do Italiano abre um mistério em torno do seu substituto... O óbvio - posição-por-posição - seria Kikin mas não é expectável que Fernando Santos se volte a aventurar na utilização do Mexicano... De resto – e até pelo que referiu o treinador no lançamento do jogo – a estrutura deverá manter-se, com o Benfica a actuar no mediático “esquema do losango” (4x1x2x1x2). Aos encarnados não resta outra hipótese que não seja entrar na luta do “pressing”. Vencer os duelos a meio campo e partir para os desequilíbrios através de recuperações e transicões "altas". A alternativa de “dar o jogo” ao Sporting poderá ser fatal numa equipa pouco talhada para o jogo posicional com transições em profundidade.
Finalmente, duas reflexões sobre o onze a apresentar... No triângulo ofensivo, a utilização de um novo 10 poderá implicar a colocação de Simão mais próximo de Nuno Gomes – pode ser um erro! Simão é um jogador de espaços largos e deverá jogar aberto (ou pelo menos ser solicitado nessa condição). Por último, tendo em conta a tendência canhota do jogo adversário e as lacunas posicionais do seu lateral, arriscará o engenheiro nova utilização de Nelson?

Em Alcochete, os “bar” da pressão foram durante a semana bem menores. Esta é uma primeira vitória para quem também muito joga nesta partida... 5 pontos do líder e o afastamento da Liga dos Campeões não serão, apesar de tudo, um bom cenário!
Para Paulo Bento será mais uma vez urgente contar com a sua “formiga atómica”: João Moutinho. Como médio de transição ele será insubstituível, tal a velocidade e lucidez com que restitui os equilíbrios no meio campo. No Sporting não antevejo surpresas... Mais jogador, menos jogador, a equipa terá um flanco mais ofensivo e dinâmico (previsivelmente o esquerdo) e outro mais posicional. Priviligiará o equilíbrio em detrimento do desequilíbrio e orientará o jogo para as suas “zonas ratoeira” – ou seja zonas onde a vantagem numérica leva ao estrangulamento do jogo adversário. Os triângulos e diagonais na lateral, oscilarão com abordagens mais directas, compondo as peças do puzzle do seu jogo ofensivo.
Sobre o Sporting há ainda uma reflexão apreensiva: com Liedson desinspirado, João Moutinho condicionado e perante os sinais dados na Figueira da Foz (quase 1 hora de dispersão colectiva), será este realmente o melhor momento para o “derby”?

Para abrir o apetite, deixo os golos que decidiram as últimas vitórias de cada uma das equipas em alvalade: Liedson e Geovanni.

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Golos semana 4 Novembro (II)

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Oops, Sr. Arnaut...

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Partindo do meritório relatório produzido por uma comissão encabeçada pelo ex-governante José Luis Arnaut, o G14 (ou pelo menos alguns dos seus membros) têm discutido algumas alterações a introduzir no "novo" futebol europeu.

O jornal 'The Independent' noticía a preocupação do ministro britânico do Desporto por um dos assuntos mais polémicos: a criação de tectos salariais em função das receitas dos clubes. Basicamente, tentar-se-ia evitar assim a monopolização do cenário futebolistico pelos milhões das máfias de Leste. Uma questão é, no entanto, levantada pelo político britânico: então o que aconteceria a clubes "inofensivos" como o Middlesbrough, Wigan ou Fulham? Deixariam de poder competir?...

Ora e em Portugal, se aplicássemos tal regra, quantas equipas profissionais nos restariam... Oops, sr.Arnaut!

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28.11.06

Miguel Sousa Tavares de Vermelho?!

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Sempre com um olhar "azulado", Miguel Sousa Tavares (MST) expõe semanalmente em 'Abola' a visão do adepto informado e atento à actualidade futebolística. Sem vassalagens cegas a personalidades mas com uma fidelidade extrema ao clubismo, a "Nortada" revela, semana após semana, o estado de espírito do adepto azul-e-branco. Não surpreende por isso que seja, hoje por hoje, um dos "opinion makers" com mais peso nas conversas do "Dragão". Porque tem uma identidade é, antes de mais, um espaço que recomendo (apesar da bola, propriamente dita, não ser para MST e a sua "Nortada" um objecto muito redondo!).

Esta semana, como é hábito houve elogios aos melhores (Quaresma) e criticas aos piores (SAD e as suas contas). Mais surpreendente foi, porém, o lançamento ao Derby de Sexta... "Venenosamente" elogiando Paulo Bento e o Sporting e estranhamente simpatizando com o "melhor mas menos eficaz" futebol encarnado, MST parece ter escolhido qual o cachecol a usar na próxima Sexta-feira... Parece estranho, mas... será vermelho?

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Bolas paradas à moda de Juninho...

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Não é novidade para ninguém: as bolas paradas são hoje um aspecto decisivo na definição de jogos... Porto e Sporting - os dois primeiros - também o saberão, tendo "arrancado" as suas duas últimas vitórias com este tipo de lances. Aos pontapés de canto do Porto (Jesualdo avisou e poucas semanas depois aí estão os golos...), o Sporting respondeu com as execuções de Tello e Ronny.
A este propósito fica aqui uma explicação de um dos maiores especialistas da actualidade: Juninho Pernambucano...


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Anderson o "Golden Boy"?

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A nomeação do prodígio portista para o prémio do Tuttosport que distingue o melhor jovem a actuar na europa não pode deixar de constituir surpresa... Não pela qualidade, como é evidente, mas pela falta de jogos.

Entre os nomeados estão, para além de
Anderson, Messi e Fabregas.
Não creio que possa vencer - a minha aposta recai em Cesc Fabregas - mas é desde já um grande candidato para edições futuras...

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27.11.06

Fabio Cannavaro 'Ballon d'Or'

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O tema do dia no mundo do futebol, pelo prestigio da distinção e pela polémica da escolha...
Ronaldinho e Henry? Sem dúvida que estaria bem entregue... Mas poder-se-á menosprezar o ano de 'il Capitano' apenas pela sua posição ou... pelo que lhe fez
Carew?


Já agora algumas reacções:
Gerard Houllier: "Um escandalo!"

Samuel Eto'o: "É de rir mas, gostos não se discutem!"

Michel Platini: "Os jogadores que mais mereciam eram Henry e Ronaldinho"

Johann Cruyff: "Se não se pode dar a Eto'o ou Ronaldinho (...) então eu daria a outro avançado: Thierry Henry"

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26.11.06

Jogo directo - Novidades no blogue

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Para os que visitam este espaço regularmente será uma evidencia: o blogue está diferente! Trata-se de uma laboriosa alteração quer no formato, quer nos conteúdos. O objectivo é que este constitua um momento de evolução na história deste espaço:
  • O "jogodirecto" passa a ser um espaço de informação e não só de opinião. As "noticias na hora" e "resultados em directo" representam a principal inovação.
  • No que respeita aos videos, mantém-se o destaque do dia. No entanto e devido à introdução de links (youtube) para os golos de jogos recentes (normalmente do dia anterior), o video destacado diariamente passará a incidir mais sobre compilações de jogadores/clubes.
  • Às já habituais análises tentarei (vai depender do tempo que tiver, mas prometo tentar) acrescentar breves comentários à actualidade quotidiana do mundo da bola.
  • Quanto aos registos audio, o objectivo passa por continuar a emitir conteudos com a mesma regularidade e formato...

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Golos semana 4 Novembro

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25.11.06

Resultados ao vivo

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Actualização de jogos e resultados obtida através do site flashscore.com.


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22.11.06

CSKA X Porto - Dragão adulto

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O panorama não podia ser animador. À deslocação à Russia, onde frio e ambiente são barreiras históricas, juntava-se a obrigatoriedade de vencer para não ficar de calculadora na mão. Ao Porto pedia-se memória e que pelo menos repetisse a singularidade da vitória conseguida há 2 anos sob circunstâncias curiosamente idênticas...
Sem surpresas, Jesualdo voltou a escalonar o “triangulo dos jogos dificeis” composto por Assunção, Meireles e Lucho. De resto, a única alteração menos previsivel em Moscovo foi mesmo a reentrada de Fucile – um destro que vai ganhando espaço à esquerda, num claro torcer de nariz às capacidades de Cech.

Ao sempre afortunado mérito de quem marca cedo, o Porto juntou uma superioridade que diferenciou as equipas nos restantes 88 minutos da partida. Não bastasse a própria classe, o Porto ainda contou com os pés dos jogadores Russos, quais cubos de gelo no trato da bola durante o primeiro tempo. Os dragões perceberam, ganharam confiança, subiram o bloco (inicialmente disposto em posicionamento médio-baixo) e acrescentaram-lhe a agressividade que se exigia. Assim e contrariando o termómetro, o jogo prosseguiu em toada morna com os azuis-e-brancos a acrescentar oportunidades ao dominio territorial exercido. Ao intervalo o resultado surpreendia apenas pela avareza do placard.
Talvez ferido no seu orgulho de recém sagrado bi-campeão russo, o CSKA apareceu mais esclarecido no segundo tempo. Face a uma posse de bola mais precisa, o bloco portista voltou ao posicionamento original, temendo quaisquer ameaças russas junto de Hélton... Os indicios de dificuldades duraram apenas 15 minutos, altura em que “El Comandante” doou à equipa a tranquilidade para uma exibição de “Lucho” com mais uma pranchada à entrada da área. Ao resto do jogo a performance do Porto retirou o tempo e no final, mais uma vez, o resultado foi apenas escasso...
Como nota final acrescentar apenas dois pontos:
1- A qualidade da posse de bola do Porto. É, talvez, o principal mérito da equipa: Quando conquista a bola o Porto decide normalmente bem, ora lateralizando para buscar o espaço para jogar, ora progredindo para dar profundidade à transição. Por isso, quando funciona sem bola, o Porto se torna tão forte.
2- Se o crescimento exibicional do Porto se deve em boa parte à crescente capacidade da equipa em ser agressiva sem bola, não se deve ignorar os progressos no último terço do campo. Quaresma desequilibra a cada jogo, atraindo opositores para depois cruzar no espaço que fica livre. Postiga aparece finalmente confiante na hora de rematar e acrescenta ao jogo as suas qualidades a jogar como “pivot”. Por último, Lisandro tem conseguido dar complementaridade a uma entrega que tantas vezes pareceu insipiente.

Lance Capital – A inteligência de “El Comandante”
No lance do segundo golo há dois aspectos que saltam à vista. Um tem a ver com a capacidade atractiva de Quaresma, fazendo-se rodear de adversários para depois solicitar espaços em que estes, naturalmente, não estão (reparem, por exemplo que no primeiro golo frente à Académica sucede exactamente o mesmo)... O outro, e o que aqui trago, relaciona-se com a notável leitura que Lucho Gonzalez faz no jogo ofensivo. É a sua qualidade por excelencia e o aspecto que torna “El Comandante” num médio goleador.





Num primeiro momento, enquanto Quaresma trabalha a bola, Lucho tem duas áreas de possível desmarcação. A primeira e mais previsivel por ser mais próxima da baliza (assinalada a vermelho) vai ser ignorada em favorecimento de uma segunda que, estando desocupada irá ser fundamental.



No segundo momento, é evidente o fantástico trabalho de Quaresma (neste momento estão 5! defensores a cobrir a área em seu redor) que se prepara para cruzar. Neste momento Lucho já recuou e Lisandro parece preparado para assistir o seu compatriota, num exercicio quase premonitório.



Finalmente, completando um movimento atipico e que define a inteligência de um jogador, Lucho finaliza com qualidade a assistência de Lisandro.
(Note-se que à semelhança do que aconteceu frente à Académica, Postiga está solto ao segundo poste).






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20.11.06

Braga X Benfica - o encaixe de Rogério

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Rogério Gonçalves reservou para a sua estreia um Braga surpreendente! Aparentemente, o 11 inicial não reservava grandes inovações ao nível do esquema: 4 defesas (Luis Filipe, Carlos Fernandes, Irineu e Paulo Jorge), 3 médios (Madrid - Pivot defensivo, Ricardo Chaves – médio de transição, João Pinto – a jogar no espaço entrelinhas), 2 extremos (Maciel e Cecinha) e um ponta de lança (Zé Carlos). Pura Ilusão. Rogério Gonçalves destinou a Cecinha a função essencial de bloquear a habitual profundidade que Nelson concede ao seu flanco. Assim, sem ter de fechar na lateral, Carlos Fernandes ficou livre para se juntar aos centrais criando superioridade na zona onde apareciam Miccoli e Nuno Gomes. No corredor central a disposição era geométrica, com um quadrado desenhado por Madrid, Ricardo Chaves (vértices defensivos), João Pinto e Zé Carlos (vértices ofensivos). Finalmente, no flanco direito Maciel tinha, à imagem de Cecinha, uma função rigorosa no acompanhamento a Miguelito. Simplesmente, as características do extremo ex-Leiria e de Luis Filipe davam aquele flanco uma profundidade superior à do flanco oposto.
Com o esqueleto encaixado no esquema encarnado, restava definir a estratégia de jogo, nomeadamente a forma como o Braga poderia superar a habitual agressividade do ‘pressing’ encarnado. É dos livros, no momento da recuperação da bola a preocupação deve ser tirá-la da zona mais povoada e uma das melhores formas de o fazer é circular lateralmente e não imediatamente em progressão. Como referi, é dos livros. A verdade porém é que poucas são as equipas do futebol português que se mostram esclarecidas neste aspecto. O Braga conseguiu fazer estes movimentos com uma grande frequência no primeiro tempo e é em grande parte nessa execução que se justifica a vantagem conseguida nesse período.

Do lado do Benfica não houve inovações, Fernando Santos montou o esquema que, recentemente, melhores resultados tem dado. Há nesta estrutura e na minha opinião um equívoco fundamental... a utilização de Simão a 10. Não se pode pedir a um jogador cujas características apontam para a criação de desequilíbrios através da execução em velocidade para actuar no espaço entrelinhas (que é ,como o nome indicia, um espaço curto). Simão pode partir dessa posição mas deverá sempre ter contacto com a bola no espaço junto às laterais – onde, de resto, foi a peça fundamental do Benfica nas últimas 5 épocas. O sucesso ofensivo do Benfica passa, aliás, pelo fornecimento de jogo útil – ou seja, no espaço – ao seu trio da frente.
Foi evidente para todos – em Braga o Benfica não conseguiu ligar o seu jogo, trazendo à memória o já longínquo jogo do Bessa. O tridente ofensivo apresentou pouca mobilidade (cabia, na minha opinião, a Miccoli e Nuno Gomes criar mais linhas de passe) e a equipa ficou, com a acção de Cecinha, sem flanco direito durante quase 75 minutos (Nelson fez o primeiro cruzamento quase à hora de jogo). A Fernando Santos pedia-se igualmente uma melhor leitura do jogo – com um adversário a jogar tão encaixado cabia ao treinador reagir colocando alguém a descair mais claramente sobre a direita.

Lance Capital – o contra-ataque como ele deve ser...



A estratégia do Braga passava, em grande parte, por “esperar” pelo Benfica para depois sair em transição, aproveitando assim o adiantamento dos defensores contrários. Como já referi, a forma como o Braga conseguiu tirar a bola da zona de pressão foi um dos aspectos que mais contribuiu para a definição do jogo.
O lance do segundo golo Bracarense foi, de resto, uma ilustração fiel da estratégia montada por Rogério Gonçalves nas suas diversas vertentes. Primeiro com a acção bloqueadora de Cecinha às investidas de Nelson e depois com a bola a circular da esquerda para a direita onde a velocidade de Maciel acabou por fazer a diferença.
Nas imagens é possível ver o erro de Nelson em posse bola (após a primeira intercepção de Cecinha, Nelson volta a permitir uma segunda intervenção daquela que foi a sua sombra na noite de Sábado) e, no momento do passe de João Pinto, a posição desfavorável de Miguelito. O lateral ex-Nacional não consegue recuperar a posição de marcação interior. Esta má colocação, juntamente com a velocidade "supersónica" de Maciel vai deixar o lateral a léguas da discussão do lance...


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16.11.06

Agradecimento a 'OJOGO'

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É noticia porque não é normal...

Em directo no blogue

Obrigado por reparar!

...talvez um dia seja menos noticia e mais normal!

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14.11.06

Barcelona e Real Madrid - Campeão e Candidato

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A redução para 16 clubes – essa medida genial cujo alcance um dia alguém ainda irá explicar – evidenciou este fim de semana a sua principal consequência: menos futebol! Felizmente, porém, o rasgo de genialidade teve lugar na moderna era do cabo, permitindo que – sem opção – nos deliciássemos com a qualidade do futebol que se pratica além fronteiras. Menos mau para o adepto (pelo menos o que tem Sporttv) e muito melhor para os outros "futebois", que assim marcaram mais uns pontinhos entre os adeptos lusos.

Entre as ligas europeias - sou da opinião - o melhor futebol é praticado em Espanha. “La Liga” junta um leque de intérpretes tecnicamente evoluídos a uma cultura futebolística que encontra no “pressing” e posse de bola os instrumentos essenciais para chegar às vitórias. Em Espanha, e apesar da qualidade crescente num elevado número de equipas, a tradição no que respeita a candidatos ainda é o que era: Real Madrid e Barcelona, ainda e sempre!

Barcelona - O Campeão
O Barça de Rijkaard pode ser, na minha opinião, visto como exemplo para o futebol moderno... Exemplo de que é possível introduzir a componente atractividade numa fórmula vencedora e exemplo de que o futebol de hoje e as suas grandes equipas ainda reservam espaço para o talento puro dos génios preguiçosos.
A maior virtude do futebol de "Culé" é, por isso e sem surpresas, a qualidade das seus processos ofensivos. A progressão em apoio do meio campo, as diagonais dos extremos e o “overlapping” dos laterais são "trademarks". Sem desprimor por nenhuma destas soluções, porém, o Barça não esconde a sua prioridade a cada jogada: procurar Ronaldinho. A partir da esquerda e de frente para o jogo, o brasileiro faz uso do seu pé direito para – explodindo no 1x1, saindo em apoio ou lançando diagonais nas costas da defesa – criar os desequilíbrios.





Real Madrid - O Candidato
Com algumas dificuldades em “pegar de estaca” na competitiva Liga Espanhola, Capello parece ter encontrado o seu 11 vitorioso na viagem a Pamplona. O Italiano é um “papa-campeonatos” e deve ser tido como uma ameaça séria à recente hegemonia catalã. O famoso “doble-pivot” formado por Diarra e Emerson é a base da equipa, sendo responsável pelos equilíbrios e desequilibrios que a equipa concede ou cria. Aqui, destaco a capacidade fisica de Diarra – é impressionante a forma como recupera no campo a partir de qualquer posição ofensiva, funcionando como um autêntico “anti contra-ataques”. De resto, “los blancos” ainda não encontraram a dinâmica ideal para a sua posse de bola, suportada pela mobilidade de um tridente criativo. Quando o fizer, o Real ameaça ser um caso sério até porque tem em Van Nistelrooy um goleador à altura dos melhores da sua história.


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7.11.06

Sporting X Braga - O "quase clássico"

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Se o crescimento do Braga nas últimas temporadas transforma a formação arsenalista num “quase grande”, então ter-se-ia inevitavelmente de projectar o jogo entre Sporting e Braga como um “quase clássico”... Na prática, porém, o jogo acabou por juntar mais características de uma vulgar partida de campeonato do que de qualquer clássico minimamente equilibrado.

Perante um Sporting de processos mais consistentes do que imprevisíveis (embora o seu campo de ataque não tenha descaído tanto para a esquerda como é costume), Carvalhal optou por apresentar o “lado B” da sua equipa Braga – não me estou a referir aos onze que iniciaram o jogo, mas sim aos princípios apresentados no duvidoso relvado de Alvalade. Actuando com um bloco defensivo assumidamente baixo, a estratégia passava por fazer das transições a arma principal para surpreender o Sporting. O início de jogo não foi feliz e, sendo verdade que o auto-golo de Luis Filipe resulta de uma atrocidade da sorte, não se pode ignorar o que se passou a seguir: em desvantagem, o Braga não subiu as suas linhas, não pressionou a fase de construção do Sporting e pareceu aceitar o domínio dos leões como se de uma inevitabilidade se tratasse, preferindo esperar pela, agora ainda menos provável, transição que lhe permitisse chegar ao golo. Assim, juntando a esta atitude o descalabro dos pontapés de canto, o estatuto de “quase clássico” justamente atribuído na antevisão do jogo teve a duração de apenas 12 minutos!

É difícil perceber este Braga tal a irregularidade das suas performances. Julgo porém que grande parte da responsabilidade desta inconstância se pode atribuir à gestão feita pelo seu treinador. Ex-jogador, com formação Universitária, Carvalhal – como qualquer discípulo de Vitor Frade – é um adepto da periodização táctica (celebrizada por Mourinho) e pelo método zonal. O problema deste Braga parece-me ser a fraca assimilação de um modelo de jogo – Carvalhal faz evoluir a sua equipa, ora com um bloco alto, juntando-lhe a pressão (este é, na minha perspectiva o “lado A” do Braga), ora numa versão mais expectante, actuando em transição e previlegiando o equilíbrio defensivo (o tal “lado B” de Alvalade). Assim, adicionando o curto tempo decorrido na temporada, a rotatividade elevada do plantel (talvez excessiva, apesar das lesões, para uma equipa em formação) e a oscilação de alguns princípios orientadores do seu jogo, como é que se poderia esperar que o Braga fosse já uma equipa sólida e consistente?

Lance Capital – O primeiro poste
Acaso ou não, a verdade é que o Sporting apareceu a marcar os seus pontapés de canto sistematicamente para a zona do primeiro poste – o resultado: em 10 tentativas, 2 golos e uma bola ao poste!
Independentemente da estratégia adoptada (à zona ou homem-a-homem) não há hoje nenhuma equipa (pelo menos que eu conheça) que se atreva a não fazer uma cobertura posicional à frente do primeiro poste – a zona onde aparecem os famosos desvios fatais. Um outro aspecto prende-se com a colocação de homens junto aos postes. Nem num aspecto nem no outro, o Braga facilita, colocando 2 homens no espaço tal zona fatal e 1 homem junto a cada poste. O que aconteceu em Alvalade foi, simplesmente, desconcentração...



- No primeiro lance, Alecsandro está entre dois homens do Braga e, se Nem terá sido pouco lesto na sua abordagem, há duas perguntas que se levantam: 1- Como é que o jogador que, na imagem, está imediatamente à frente de Alecsandro vai ficar fora do lance?, e 2- Como é que a bola entra entre o poste e o jogador que o cobre?
- Mais inexplicável ainda é a descobertura do espaço (tantas vezes anteriormente explorado) que permitiu a Alecsandro desviar no lance do terceiro golo. Se os minhotos estavam a marcar aquele espaço em todos os lances e se a bola até ia sempre para lá, porque é que ninguém se colocou ali?

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5.11.06

Ranking "jogo directo" de Clubes Europeus - Outubro 06/07

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Graças aos resultados conseguidos nos clássicos e no duplo confronto com o Hamburgo, o FC Porto é agora a melhor equipa portuguesa no 'Ranking "jogo directo" de Clubes Europeus'. Os dragões ocupam uma notável 9ª posição à frente de alguns colossos como o Milan e o Barcelona. Já o Sporting foi, entre os 3 grandes, aquele que mais caiu na classificação ocupando agora o 22º posto (era 9º no final de Setembro). O Benfica continua como a terceira equipa nacional na 28ª posição. O Sporting de Braga fecha a participação portuguesa no top50, com uma presença no 33º lugar.

Em relação à classificação final de Setembro, note-se a manutenção das quatro primeiras posições do Ranking. O Lyon, sendo a única equipa 100% vitoriosa na Champions League, o impressionante Dinamo de Bucareste (já aqui destacado) - que soma já 13 vitórias consecutivas no seu campeonato - e os co-líderes (ao final de Outubro) da Premier League, Chelsea e Manchester United, são as formações que comandam esta classificação. Em termos de prestações negativas, realce para a queda do Barcelona - vencedor da classificação final de 05/06 - que se vê assim penalizado pela derrota contra o rival Real Madrid e, principalmente, pela singularidade do ponto conquistado no duplo e empolgante embate frente ao Chelsea na Champions League.


Ver Ranking de Outubro (Top 150)


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